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POLÍCIA

Assaltante se passa por cliente para roubar celular vendido pela internet no Piauí

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Uma venda de celular feita pela internet terminou sendo caso de polícia em Teresina. Um jovem cujo nome não foi informado por medidas de segurança, anunciou em um site de vendas e trocas de produtos, um aparelho celular no valor de R$ 3 mil. Um comprador acabou se interessando, disse que pagava a quantia pedida e marcou de se encontrar com ele para receber o produto no Pavilhão de Feiras e Eventos, localizado bairro Lourival Parente. Mas ao chegar ao local, o vendedor se deparou, na verdade, foi com um assaltante armado que tentou lhe roubar o celular.

Segundo o relato dado à polícia, ele foi acompanhado de um colega até o local combinado com o suposto cliente e esperaram por cerca de 40 minutos. Percebendo a demora do comprador, ele entrou em contato pelo número fornecido no momento na transação pelo site, mas o comprador disse que não iria mais, porque estava ocupado, e que mandaria um parente ir pegar o aparelho e entregar o pagamento.

Depois de mais um tempo de espera, os dois resolveram ir embora, mas então avistaram um motociclista se aproximando, dizendo ser a pessoa enviada pelo comprador para recolher o celular e entregar o dinheiro. O vendedor, então, tirou o celular da embalagem, mostrou a ele, e vendo que se tratava mesmo do aparelho vendido na internet, sacou a arma e anunciou o assalto.

Assustado, o vendedor entregou o celular, mas na hora que o suspeito embainhou novamente a arma para sair, ele o atacou sem aviso junto com o amigo, derrubando-o da motocicleta e iniciando uma luta corporal. O revólver do assaltante acabou caindo no chão e ele correu para fugir. As vítimas deixaram o local logo em seguida e deixaram lá a motocicleta e a pistola do assaltante.

Toda a movimentação foi vista por taxistas de um ponto próximo ao Pavilhão de Feiras e Eventos. Foram eles que acionaram a polícia. A PM esteve no local e recolheu a arma e a motocicleta. O caso foi encaminhado para o 13º Distrito Policial. Em conversa com a reportagem de O Dia, o chefe de investigação da delegacia, Paulo Afonso, disse que a polícia já está de posse do número fornecido pelo falso comprador no ato da compra pelo site. No entanto, o número está dando como inexistente e a foto de perfil do WhatsApp sumiu.

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O que agrava ainda mais a situação é que o suspeito possui o contato do vendedor e está lhe fazendo ameaças por telefone, caso ele não devolva sua pistola e a motocicleta. A polícia está rastreando as ligações deste novo número para tentar chegar ao assaltante e prendê-lo. O investigador Paulo Afonso faz um alerta: “Não se faz negócio em meio de rua. O cara [falso comprador] marcou no Pavilhão de Eventos, em meio de rua, um lugar perigoso. Aí aparece uma pessoa armada diante de alguém desarmado e dá no que deu”, afirma.


Foto: Assis Fernandes/O Dia

Vendedores devem checar dados de compradores em bancos de dados

A venda de um celular, assim como de qualquer outro produto pela internet, pode se transformar em transtornos enormes se a pessoa que vende não se ativer a algumas orientações básicas para evitar golpes e até mesmo tentativas assaltos como a que ocorreu em Teresina. O delegado Anchieta Nery, titular da Delegacia de Repressão a Crimes Virtuais diz quais são os três passos cruciais a serem seguidos:

“Primeiro, deve-se checar as informações do comprador com terceiros e não se limitar apenas ao que está cadastrado no site: procure checar todas as informações fornecias em um banco de dados, tente entrar em contato em um telefone fixo além do celular, confirme com outras pessoas aquilo que o comprador lhe disser. Segundo, marque encontros somente em locais com grandes aglomerações como shoppings, praças, supermercados e, se possível, vá acompanhado. Terceiro, só entregue o produto mediante a comprovação real do pagamento, não confie em prints de depósito ou transferência, observe de verdade sua conta em caso de pagamento online”, orienta o delegado.

Anchieta Nery lembra que a maioria dessas plataformas de vendas e trocas online possuem um sistema de segurança falho e relativamente fácil de ser burlado, principalmente porque não contam com um mecanismo de controle das informações inseridas pelos usuários, atestando como verdadeiros os dados fornecidos por eles sem um sistema de checagem eficiente.

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O delegado Anchieta Nery dá orientações a quem for fazer compras por sites na internet – Foto: Elias Fontinele/O Dia

“Essas plataformas são um verdadeiro paraíso para a criminalidade e nada, absolutamente nada ter sido feito por elas para evitar que essas fraudes e crimes ocorram. Qualquer pessoa pode fazer cadastro, os dados cadastrais são muitas vezes insuficientes e dificulta ao usuário fazer uma busca mais detalhada sobre com quem ele conversa. Cabe mesmo ao vendedor e a quem compra tomar todas as precauções para que não seja vítima de um golpe ou até de um crime mais violento”, finaliza o delegado.

Fonte: Portal O Dia

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