POLÍCIA

Caso bebê Wesley Carvalho: Justiça coloca em liberdade avós maternos

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A Justiça do Piauí, através da Comarca do município de Altos, decidiu revogar a prisão e colocar em liberdade os avós maternos do bebê Wesley Carvalho Ferreira, morto queimado durante um ritual realizado por membros de sua família, segundo as investigações da Polícia Civil. A decisão, de acordo com a defesa, se deu com base na inexistência de materialidade e autoria por parte dos investigados. 

A criança desapareceu em fevereiro deste ano e os restos mortais ainda não foram localizados. Os avós Manoel José Xavier Pinto e Maria Lindalva de Carvalho, além de outros familiares, foram presos durante as investigações do caso. E assim, como eles, duas tias da criança também foram soltas em junho pela justiça. Alguns menores indiciados e apreendidos ligados ao caso já haviam sido liberados.  

“É como a gente vem dizendo desde o início. É uma investigação, ao nosso ver, falha, o qual prendeu uma família, colocou que tinha um homicídio, no entanto, as investigações não mostram o que se está nos autos. A defesa está demonstrando isso. As falhas processuais e graças a Deus, aos poucos estamos mostrando e colocando ali nossa tese. Foi a revogação de uma prisão baseada na inexistência de uma materialidade; da negativa de autoria por parte dos avó. Demonstramos isso ao decorrer do processo. Demostramos na instrução, na audiência que ocorreu hoje e o juiz atendeu nossos pedidos e colocou os avós em liberdade”, disse.

Os pais do bebê continuam presos. No entanto, segundo a defesa, devem também ser soltos nos próximos dias. Para Smailly Carvalho, não há indícios até o momento de homicídio e nem que a criança teria sido morta e queimada durante um ritual. 

“Os pais do Wesley continuam presos, requeremos os exames de sanidade mental e acredito que nos próximos dias também serão postos em liberdade. A versão do sequestro, não se tem nos autos qualquer tipo de investigação. E é isso que nós estamos batendo. Na investigação do sequestro. Quanto ao possível ritual, o qual foi colocada anteriormente, isso é inexistente. Não tem indícios sequer que esse suposto ritual teria ocorrido. Para nós, não existiu assassinato”, completa o advogado. 

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As internações provisórias, indiciamento e prisões ocorreram após as contradições nos depoimentos dos pais e avós da criança. Para a defesa, não há como se falar em homicídio sem vestígios do crime, apesar dos depoimentos dos familiares citarem como tudo ocorreu. 

Os familiares foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado e também pela ocultação de cadáver. O processo segue em segredo de justiça. 

Fonte: Meio Norte

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