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Caso Iarla Lima: ex-tenente do Exército é julgado no Tribunal do Júri por feminicídio contra a namorada

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O Tribunal Popular do Júri julga nesta quarta-feira (24) o ex-militar do Exército, José Ricardo da Silva Neto, acusado de feminicídio contra a namorada, a estudante de arquitetura Iarla Lima, em 19 de junho de 2017. O crime aconteceu na Zona Leste de Teresina, quando os dois saíam de uma festa. Ele deve responder ainda por duas tentativas de feminicídio.

O ex-tenente irá a julgamento mais de 4 anos após o crime. Ainda não se sabe se ele estará presente na audiência e nem se conseguiu ser localizado.

O Tribunal de Justiça do Piauí chegou a decretar prisão preventiva do acusado em janeiro de 2019, em que o desembargador Joaquim Santana determinou que o mandado fosse cumprido em Recife, Pernambuco, onde o ex-tenente voltou a morar após habeas corpus.

Ilana e Iarla Lima estava juntas quando o crime aconteceu. — Foto: Ilana Lima/ Arquivo Pessoa

Mas o mandado de prisão não foi cumprido depois que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu liberdade provisória ao acusado no dia 23 de abril. A família da vítima decidiu não recorrer da decisão. “Só teria efeito protelatório no processo. Ou seja, demoraria ainda mais para chegar ao júri”, disse a advogada Karla Oliveira ao g1.

O crime

Iarla Lima foi com quatro tiros e o corpo foi encontrado dentro do carro do oficial no estacionamento do prédio onde ele morava. A irmã de Iarla levou um tiro de raspão na cabeça, enquanto a amiga da vítima levou um tiro no braço.

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Segundo a polícia, a discussão do casal começou em um bar da Zona Leste de Teresina, por ciúmes. O homem estaria embriagado. A mãe da garota, professora Dulcinéia Lima, contou que os dois namoravam havia apenas uma semana.

Após os primeiros disparos, Ilana conta que olhou para a irmã, já imóvel no banco do passageiro do carro. Foi neste momento que o tenente teria direcionado os tiros para as outras duas passageiras.

“Quando ele atirou na gente, saí do carro correndo e pedindo socorro. Ele deu a ré e arrancou com o carro levando minha irmã com ele. Foi tudo muito rápido, nem senti que havia sido ferida. Só gritava para que achassem a Iarla”, contou.

A irmã da jovem contou que, segundos antes de ser morta, ao ver o namorado com a arma, pediu que ele não atirasse.

“Foi tudo muito rápido, ela nunca imaginava passar por aquilo. Tanto que ela se assustou quando ele apontou a arma para ela e pediu, ‘Não faz isso, por favor. Não faz isso Silva Neto’”, contou a irmã.

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Fonte: G1 Piauí

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