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POLÍCIA

Cliente denuncia racismo em casa de show em Teresina; dono diz que ela mentiu

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A cantora e estudante de nutrição Idalice Araújo relatou em suas redes sociais que sofreu racismo durante a madrugada deste sábado (28/11), na casa de shows eventos Vila Isabel, zona Leste de Teresina. Ao OitoMeia, o dono do estabelecimento, Giorgio Mesquita, de 36 anos, contou que a verdadeira vítima do caso é a casa de shows e que a cliente não procurou a gerência do Vila Isabel para efetuar nenhuma reclamação.

De acordo com Idalice, ela e seu namorado, Felipe Feitosa, foram destratados por uma funcionária do caixa do local, que insinuou que o casal não teria dinheiro para pagar por copos personalizados que estavam à venda. A cantora conta em seu vídeo que os outros amigos brancos que estavam com eles não passaram pela mesma situação. Por conta disso, Idalice acredita a conduta da funcionária foi movida por racismo.

Storie publicado por Idalice (Foto: reprodução/ Instagram)

“O que aconteceu foi que achamos que poderíamos levar o copo, falaram que não. Tudo bem, meu namorado foi atrás de levar. Foi ao caixa orientado pela mulher. Lá, ele acha absurdo pagar os R$30,00 pelos dois copos. Aí ele volta para entregar a bebida que estava na mão dele para um amigo. Nessa hora, a mulher em questão o aborda novamente e diz que ele precisa pagar para levar os copos, mas que ele não poderia, porque ele era pobre,” contou Idalice em vídeo.

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A cantora fez um Boletim de Ocorrência (B.O) no 9° Distrito Policial, na zona Norte de Teresina, e aguarda retorno da Justiça.

O OUTRO LADO

Na rede social oficial do Vila Isabel foi afirmado, em diversos vídeos, que a denúncia não procede. Em conversa com o OitoMeia, o dono do estabelecimento, Giorgio Mesquita, de 36 anos, contou que a verdadeira vítima do caso é a casa de shows e que a cliente não procurou a gerência do Vila Isabel para efetuar nenhuma reclamação.

“A cliente em questão, em nenhum momento, tratou sobre o caso da forma que deveria ser tratado. Não procurou a gerência da casa, não fez a reclamação em nenhum de nossos contatos, seja redes sociais, telefone ou mesmo aplicativo se mensagens”, frisou Mesquita.

Giorgio também disse que o estabelecimento não possui o combo que a cantora citou em seus vídeos.

“A cliente alegou que na compra do combo, ela teria direito ao copo. Primeiro, dizer que o Vila Isabel sequer dispõe de combo de montila. Segundo, que, mesmo que dispusesse, nenhum dos outros combos disponíveis na casa inclui copos. Paralelo a isso, ela diz ter sido informada que foi ofertado a ela que, havendo interesse, ela poderia se dirigir ao caixa e pagar pelo produto desejado,” descreveu Mesquita.

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A casa de shows efetuou, na manhã desta segunda (30/11), o registro de um Boletim de Ocorrência no 12º Distrito Policial e afirmou que se caso receber alguma reparação em capital, o valor será doado para o projeto Coisa de Negro de Teresina.

Casa de eventos Vila Isabel (Foto: Google Maps/Junho de 2019)

CRIME RACIAL

O crime de racismo está previsto na Lei n.º 7.716/89 e ocorre quando as ofensas praticadas pelo autor atingem toda uma coletividade, um número indeterminado de pessoa, ofendendo-os por sua ‘raça’, etnia, religião ou origem, assim, impossível saber o número de vitimas atingidas. A pena prevista é a reclusão de um a três anos e multa e é inafiançável.

 

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Fonte: Oito Meia

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