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POLÍCIA

Defensor público preso por cobrar propina acusa a secretária e se diz inocente

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Em entrevista coletiva realizada na tarde desta quinta-feira (19), o delegado Carlos César Camelo, presidente do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), informou que o defensor público Adriano Moreti Batista, 41 anos, alegou inocência e disse que quem estaria cobrando propina era a sua secretária.

Moreti foi preso por volta das 11h desta quinta-feira (19) dentro de Defensoria Pública do Piauí, no bairro dos Noivos, zona Leste de Teresina. Segundo a polícia, o defensor cobrava de R$ 2 mil a R$ 5 mil por serviços públicos. Participaram da coletiva o delegado geral Riedel Batista e o delegado Kleydson Ferreira Costa e Silva.

 


Defensor durante votação interna na DPE

Segundo Carlos César Camelo, a primeira denúncia aconteceu em julho de 2014 e partiu de três vítimas, todas de baixa renda e trabalhadoras rurais.

“Ele está alegando inocência e que a secretária é que estaria cobrando. A secretária foi também indiciada. Não foi solicitada a sua prisão por ela é uma indiciada confessa, inclusive auxiliou a polícia trazendo provas das ocorrências criminosas”. O nome da secretária não foi revelado. Ela é ex-funcionária da Defensoria, que foi afastada após a denúncia e é servidora da Prefeitura de União.

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Ainda de acordo com o inquérito, o defensor cobrava por serviços que deveriam ser gratuitos. “Defensor público é contratado para defender pessoas carentes e pobres e ele utilizou de sua nobre função para conseguir dinheiro ilicitamente. As pessoas pagaram e não tiveram suas ações procedentes”, revelou Camelo.

Algumas vítimas ouvidas no inquérito chegaram a pagar o dinheiro, mas como não tiveram a causa resolvida, denunciaram Moreti ao Ministério Público. A denúncia foi recebida pela promotora de Uniao, Giane Vieira Carvalho.

“No inquérito temos robustas provas contra o defensor como depoimentos e extratos bancários. A secretária recebia e passava para ele”, afirmou o delegado Kleydson Ferreira Costa e Silva. Ele ressaltou que o defensor chegou a devolver R$ 10 mil para duas das vítimas.

O advogado de defesa do defensor, Jurandir Porto, disse que a prisão é ilegal. Adriano Moreti vai ser encaminhado ao Quartel da Polícia Militar, já que possui curso superior.

 

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Fonte: Cidade Verde

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