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POLÍCIA

Juiz ouve durante audiência os 4 suspeitos de estupro coletivo

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Quatro adolescentes suspeitos de participar do estupro coletivo em Bom Jesus, no mês passado, voltaram a ser ouvidos ontem sobre o caso (1º). Desta vez pelo juiz do munícipio, Eliomar Rios Ferreira. A primeira audiência do caso aconteceu no fórum da cidade a portas fechadas, com participação apenas dos pais dos menores, o delegado do caso e um promotor do Ministério Público Estadual.

Os quatro adolescentes foram apreendidos e um rapaz de 18 anos foi preso por suspeita de participação no crime que chocou o Piauí. No entanto, após a decisão judicial, os menores foram liberados da delegacia.

Segundo a promotora Justiça Gabriela Santana, responsável pelo caso, na primeira audiência o magistrado analisou a denúncia do Ministério Público Estadual contra os adolescentes e ouviu a versão dos suspeitos sobre o estupro coletivo. Na possibilidade de novos fatos que comprovem a participação dos rapazes no crime, o magistrado pode aprovar a internação socioeducativa.

“É comum quando adolescentes são apreendidos em flagrantes o Ministério Público ter o prazo de 24 horas para fazer a denúncia formal e depois disso o juiz realiza uma nova apresentação dos menores para ouvir a versão deles. Esta não é uma audiência de instrução e julgamento dos envolvidos, até porque falta ouvir a vítima e produção de provas”, explicou.

A vítima foi encontrada em uma obra abandonada no dia 21 de maio, amarrada e amordaçada com a própria calcinha. Ela chegou a contar que foi conduzida ao local e violentada por cinco rapazes. Populares socorreram a vítima, que foi encaminhada para o hospital de Bom Jesus e liberada após avaliação psicológica.

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Gabriela Santana revelou que vem analisando o recurso da decisão de soltura dos adolescentes. Conforme a promotora, no processo há provas da materialidade e indício de participação dos menores no estupro coletivo.

“O delegado ficou de me enviar novos depoimentos, que podem servir para anexar ao pedido de internação dos adolescentes”, completou.

A promotora já havia declarado ter ficado surpresa com a decisão do juiz em liberar os menores, mesmo com o laudo médico confirmado o abuso sexual na garota de 17 anos. Apenas o jovem de 18 anos foi mantido preso e encaminhado ao presídio da cidade.

O delegado Aldely Fontineli, responsável pelo caso, também acompanha a audiência com os adolescentes e contou ter apresentado o novo laudo policial ao juiz Eliomar Rios Ferreira, com os depoimentos de mais testemunhas e a nova versão dada pela vítima.

“Temos os depoimentos dos policiais que fizeram a apreensão dos adolescentes e a confissão dos envolvidos no crime, pessoas que viram os suspeitos entrando na obra, relato da própria vítima sobre o caso que teve com um dos menores, além do exame que comprova o estupro e sêmen encontrado no canal vaginal”, pontuou.

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Diário do Povo

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