POLÍCIA
PI | Polícia conclui inquérito e suspeito de matar mulher a facadas na frente do filho é indiciado por latrocínio
A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte de Laisse da Silva Carvalho, assassinada a facadas na frente do filho de dois anos no município de Nazária, a 30 km de Teresina e indiciou o suspeito por latrocínio.
O suspeito, identificado como Thalisson Francisco Araújo, foi preso em casa, em Nazária, na sexta-feira (18), após ter sua prisão decretada pela justiça. Ele tinha sido preso horas depois do crime com o celular da vítima, mas foi autuado apenas por receptação e liberado em seguida.
O crime aconteceu no dia 20 de setembro, dentro da casa da vítima. Laisse da Silva Carvalho foi encontrada despida, com um corte profundo no pescoço em cima da cama e o quarto revirado.
Conforme a delegada Luana Alves, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), na primeira prisão o suspeito apresentava marcas de arranhões nos braços e nas costas, que indicavam luta corporal. Em seu depoimento, ele disse que havia comprado o celular da vítima por R$ 350, mas não sabia dizer de quem e apresentou duas versões sobre as marcas no corpo.
“Ao ser questionado das marcas no corpo, ele diz ter se machucado na parede e outra hora conta de uma luta corporal, mas não sabe informar com quem. Já ouvimos algumas testemunhas e as diligências continuam”, comentou.
Criança presta depoimento
De acordo com a Polícia Civil, o filho da vítima foi a única testemunha que poderia identificar o autor do homicídio. A criança de dois anos foi ouvida por uma equipe multidisciplinar e o depoimento incluído no inquérito policial.
“Ele foi encontrado dentro de casa, abraçado com o corpo da mãe no dia do crime. Segundo a família, a criança diz que viu a mãe brigando com um homem de faca”, informou a delegada do caso, Luana Alves.
Protesto
Familiares e amigos de Laisse realizaram um protesto na manhã de domingo (20) em Nazária. Eles cobraram justiça e punição do suspeito, preso novamente na sexta-feira (18).
“A princípio, organizamos esta manifestação pelo o que aconteceu com a Laisse. Nós queremos que seja feita justiça, porque foi bárbaro, o suspeito deve ser punido. A gente não quer que ocorra com outras pessoas e a polícia não deu explicação nenhuma”, declarou o tio Carlos César do Carmo.
Família e amigos de Laisse pediram justiça durante protesto em Nazária — Foto: Reprodução/ TV Clube
Para Larisse da Silva Carvalho, irmã da vítima, o crime não foi latrocínio e sim a mando de uma pessoa. Ela revelou que o filho mais novo de Laisse não associou que a mãe morreu e pergunta por ela diariamente.
“Fizeram isso com ela de uma maneira tão cruel e queremos justiça. A Laisse deixou dois filhos, de 7 e 2 anos. A gente sofre duas vezes, pela perda dela e pela dor das crianças. Não acredito que isso foi latrocínio, porque ele [suspeito] não iria entrar na casa dela só para levar o celular, sendo que tinha televisão e outros objetos”, comentou.
Fonte: G1