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PM preso em operação ameaçou policiais ao ser abordado, diz delegado

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Os policiais militares presos na II fase da operação Cargas atuavam na “na linha de frente nos assaltos” e recebiam cerca de 50% do valor roubado. Em entrevista coletiva, o delegado geral da Polícia  Civil do Piauí, Luccy Keiko, informou que, no momento da abordagem, o cabo W Silva ameaçou os policiais e disse que “atirava se tivesse um fuzil”.

Cinco suspeitos foram presos na II fase da operação, sendo um em Fortaleza-CE. Eles foram identificados como Wanderley Rodrigues da Silva (cabo da PM), o pai de Wanderley (que não teve a identidade divulgada), Bruno Costa de Oliveira (soldado da PM), Josué Oliveira Santos (funcionário de uma transportadora em Teresina) e Adolfo Cícero de Alencar Neto.

No momento da abordagem foram apreendidas três armas de fogo, dinheiro, entre outros objetos.

“Os PMs entravam realizando as abordagens e aproveitavam que podiam utilizar arma de fogo para passar despercebido por abordagens policiais, se utilizando dessa condição para praticar os assaltos. Eles também realocavam o material em depósitos específicos. Após isso, comercializavam a carga para terceiros e saíam distribuindo todo o dinheiro”, disse o delegado Gustavo Jung, presidente do inquérito.

“As investigações constataram que W. Silva e Bruno organizavam e escutavam roubos de cargas nas regiões de Caxias e Santa Inês no Maranhão. Constatou-se que Josué, funcionário de transportadora, passava informações privilegiadas para Abimael (preso em janeiro deste ano) e este indicava para seus comparsas qual caminhão ou empresa assaltar. Já o Adolfo ajudava na logística dos roubos”, completa o coordenador do Greco, delegado Tales Gomes.

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Gustavo Jung acrescenta que W Silva também teria tido participação no sumiço de R$ 300 do Banco do Nordeste, em dezembro de 2017. Em 2018, o PM se envolveu em uma briga e  acabou disparando contra o cantor Saulo do Gado.

“Cada um tinha uma função específica. Um era responsável pelas informações dentro da transportadora que repassava para quem ia fazer as abordagens e estes entregavam o material para quem aguardava no depósito. Aos poucos, o material ia sendo retirado em carros menores para não serem percebidos. De fato, a organização criminosa está bem configurada”, disse Jung.

Os presos serão indiciados por roubo e organização criminosa.

Fonte: Cidade Verde | Foto: Roberta Aline


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