POLÍTICA
Chapa de Wellington Dias ao Governo pode ter como vice prima do deputado Marcelo Castro
O cenário político dos dias de hoje mostra que as famílias mais tradicionais permanecem exercendo o controle sobre o Estado, independentemente dos partidos a que seus membros pertençam. Um exemplo claro está no que pode acontecer com a composição da chapa que muito provavelmente será encabeçada pelo senador Wellington Dias: existem grandes possibilidades de ele ter como candidata a vice uma prima legítima de Marcelo Castro, seu principal adversário, a deputada estadual Margareth Coelho, que é filiada ao PP, agremiação que teria a prioridade de fazer tal indicação.
O ex-prefeito Elmano Férrer já comunicou à direção do seu partido, o PTB, que não tem interesse em disputar a indicação à candidatura de vice-governador na chapa do senador Wellington Dias, mas sim uma vaga na Assembleia Legislativa. Por seu lado, a deputada federal Iracema Portella (PP) teria manifestado ao marido, Ciro Nogueira, a vontade de disputar a reeleição.
Neste quadro o nome da deputada Margareth Coelho (PP) seria o mais forte e mais viável para compor com o senador petista. Margareth é prima de Marcelo Castro, e mulher de um primo por afinidade de Iracema, o ex-deputado estadual Marcelo Coelho.
Caso Margareth seja mesmo a indicada, a família Castro terá de qualquer maneira um de seus membros à frente do Governo do Piauí. Há bem pouco tempo no Piauí a preferência por parentes era chamada de “Oligarquia” e sua discussão levada a tal ponto que podia derrotar os “oligarcas”.
No seu primeiro governo, iniciado em 1983, Hugo Napoleão foi acusado de ser oligarca por ter indicado um primo, Arthur Napoleão, para uma das diretorias da então Cepisa. Nas campanhas políticas seus adversários o apontavam como chefe da Oligarquia, tendo ao seu lado Freitas Neto, também seu primo.
Hoje os discursos mudaram a partir da esfera federal. A Presidente Dilma, por exemplo, colocou Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann (marido e mulher) no seu ministério e nem mesmo a imprensa de São Paulo contestou. A julgar pelo silêncio de famosos articulistas, o fato foi considerado absolutamente normal. Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo pontificaram no poder sem qualquer restrição.
Eduardo Campos, o governador de Pernambuco que deve ser candidato a Presidente, emplacou a mãe no Tribunal de Contas da União. Outros nomes conhecidos nacionalmente optaram por parentes na hora de preencher cargos.
Por que o Piauí deveria ficar com esse “puritanismo” todo?
Fonte: GP1
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