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POLÍTICA

Deputados do Piauí condenam “boicote” a relatório de Marcelo Castro

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Parlamentares do Piauí condenaram nesta terça-feira (26), a postura da Câmara Federal em levar a Reforma Política para votação em plenário sem apreciação do relatório do deputado federal Marcelo Castro, relator do projeto na comissão criada exclusivamente para discutir o tema. Na noite de ontem, o presidente da Casa, Eduardo Cunha, disse que a comissão especial tem uma representatividade que não expressa a proporcionalidade do Plenário. O deputado piauiense chegou a ser destituído do cargo de relator. Em seu lugar assumiu o posto, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

“Lamento muito o que aconteceu com o deputado Marcelo Castro, não só por ele ser do Piauí, mas pelas  circunstâncias e por toda a comissão que passou 90 dias trabalhando, viajando o Brasil”, disse Rodrigo Martins (PSB).

Para o socialista, o projeto foi simplesmente atropelado. “Deveria ser respeitado o trabalho dos colegas”, declarou.

Outro parlamentar do PSB, Heráclito Fortes, também condenou a postura da Câmara Federal. Em discurso na Casa na noite de ontem, ele colocou em dúvida a aprovação da matéria. “Desde o início, nesta tribuna, eu colocava em dúvida um bom resultado para esta Reforma, baseado nas experiências anteriores que tive nesta Casa ao longo de 30 anos e nos depoimentos que ouvi de Ulysses Guimarães, que chegou na década de 50 e participou de momentos históricos, como a votação da Constituinte, mas que não teve o prazer de ver votada uma reforma política que o Brasil tanto necessita.

O problema da reforma política é que cada partido ou cada Parlamentar quer votar o melhor para si, é a famosa Lei do Murici. E não se chega a um denominador comum, não se chega a um consenso”, disse.

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Novo relatório
O relatório do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) à proposta de reforma política, apresentado nesta manhã aos líderes partidários, determina que deputados e vereadores serão eleitos pelo sistema majoritário – os mais votados serão eleitos –, acabando com o atual sistema proporcional, em que a eleição leva em conta a votação do partido ou coligação. O texto, que ainda pode sofrer modificações, irá a voto nesta terça-feira em Plenário, em substituição aos trabalhos da comissão especial, que não votou o relatório do deputado Marcelo Castro (PMDB-PI).

Hérlon Moraes (Com informações da Câmara)

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