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É ano de eleição. Você conhece os candidatos a governador do PI?

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“Vamos falar de eleição somente em 2018”. Esse foi um dos discursos mais escutados por todo o ano passado pelos políticos locais quando o assunto era o pleito de outubro deste ano.

Pois é. O tal de 2018 chegou e o calendário eleitoral já está valendo desde o último dia 1º de janeiro. A partir de agora, só se pode divulgar pesquisa eleitoral devidamente registrada por exemplo.

Até aí tudo bem… Mas e no Piauí, o que já existe de candidatura para governador?! A resposta atende pelo nome do atual chefe do poder executivo: Wellington Dias (PT). É o único nome, pelo menos até agora, que se tem certeza de que será candidato.

Espera-se que a partir de agora surja, de fato, alguém que se proponha a concorrer contra W.Dias. O que existe, até o momento, são alguns ensaios de ‘pré-pré da pré de quase candidaturas’. Entre eles, o do presidente do presidente nacional do Sesi João Henrique Sousa, o do prefeito de Teresina Firmino Filho (PSDB), o do ex-senador João Vicente Claudino (prestes a se filiar ao PTB), o do deputado estadual Dr Pessoa (PSD) e o do publicitário Fábio Sérvio (Patriotas).

Estes já falaram, em algum momento, sobre serem candidatos em 2018 (Foto: Montagem OitoMeia)

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Há quem aposte ainda em nomes como o da médica Adriana Sousa (sem partido), o do deputado estadual Robert Rios (PDT), o do ex-governador Wilson Martins (PSB). E sempre tem os nomes de partidos como PSOL, PSTU, PCO, entre outros, que contribuem, especialmente, em momentos de debate. Destaque para o da professora Lourdes Melo (PCO), que vez por outra surge atirando sua metralhadora apontando para todos os lados.

Estes não falam em ser candidatos, mas correm por fora (Foto: Montagem OitoMeia)

Me propus então a fazer uma análise que considero real, nua e crua apenas de W.Dias e dos cinco primeiros nomes citados nos dois parágrafos acima. Isso baseado em declarações dos próprios. Até o momento, destes apenas João Henrique, Firmino, João Vicente, Dr Pessoa e Fábio Sérvio realmente demonstraram interesse na disputa eleitoral de 2018. Com o que há de ponto positivo e o que há de ponto negativo em cada um. Veja se concorda:

1-Wellington Dias (PT):


-Pontos positivos: O atual governador leva vantagem sob vários aspectos. O primeiro deles, é claro, diz respeito à sua popularidade. Aonde quer que você vá no Piauí vai ter sempre três em cada cinco eleitores dizendo que vota no “índio”, como é apelidado.

Além do carisma, foi um dos poucos governadores -e isso foi reconhecido em matérias de cunho nacional- a manter pagamentos de servidores em dia enquanto a crise batia a porta do Palácio de Karnak e fazia vários estados muito mais ricos decretarem falência, como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, entre outros. Tem ainda um conjunto de aliados que lhe dão uma sustentação de norte a sul do estado.

-Pontos negativos: Esse mesmo conjunto de aliados que lhe dá essa impressionante sustentação vez por outra tem lhe causado um certo embaraço na hora de falar sobre manutenção da base para o pleito deste ano. Tem partido que quer mais de uma vaga na chapa majoritária, tem partido que não estava em 2014 e quer entrar agora… uma dor de cabeça daquelas para o “Índio” resolver.

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O fator Lula pode ser positivo no Piauí, estado onde o ex-presidente tem muito voto, mas também pode ser negativo. Até o julgamento que pode culminar até na prisão do líder petista, todo um cenário político nacional pode mudar e prejudicar os planos do PT também no Piauí. A oposição, apesar de reduzida, incomoda quando toca o dedo em feridas como a falta de grandes obras com a assinatura de W.Dias e o recente aumento de impostos que fez doer no bolso de muita gente até agora.

2-João Henrique Sousa (PMDB):


Pontos positivos: Ex-ministro, tem um atual presidente da República, que é o Michel Temer (PMDB), como grande entusiasta e amigo pessoal, lhe dando sustentabilidade. Além disso foi corajoso ao iniciar muito cedo uma caravana, que chamou de “Piauí em Movimento”, convocar prefeitos e lideranças, para não apenas discutir o que pode ser positivo para o estado, mas apontar onde Wellington Dias estava errando.

E, claro, foi o primeiro a não ter medo de dar a cara a tapa e enfrentar o atual governador mesmo tendo uma estrutura. Conta o fato de ter ao seu lado dois ex-governadores, Freitas Neto (PSDB) e Zé Filho (sem partido) e parte da classe empresarial piauiense.

Pontos negativos: Ao contrário de W.Dias, a popularidade de João Henrique Sousa é baixíssima. Mesmo tendo percorrido o Piauí de ponta a ponta, seu nome não engrena, de acordo com as últimas pesquisas eleitorais divulgadas.

O fato de já ser uma velha raposa da política, a imagem ligada a conhecidos nomes da política local e nacional também não ajudam. Para completar, não possui, por parte da população, um reconhecimento de coisas trazidas para o estado, mesmo tendo ministro, gestor de vários órgãos em nível nacional e tendo mandato de deputado federal.

3-Firmino Filho (PSDB):

Pontos positivos: Em seu quarto mandato como prefeito de Teresina, possui uma popularidade tão boa quanto Wellington Dias na capital piauiense. Economista e inteligente, é reconhecido como um gestor eficiente quando o assunto é finanças.

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É apontado, não só pelos principais líderes da oposição, mas como até mesmo da própria base de W.Dias, como o principal opositor. “Se entrar, vai ser uma eleição dura”, é o comentário que se escuta até dos próprios petistas. Tem total controle sobre a cúpula tucana e possui o respeito do PSDB Nacional, a ponto de ter o próprio presidente da sigla, o governador e provável candidato a presidente da República Geraldo Alckmin, pedindo que saia candidato no Piauí.

Pontos negativos: Tem um histórico de ter ‘arregado’ de disputas para o Governo do Estado que faz muita gente, da base e de oposição, taxá-lo como medroso. E, claro, acabou de ser reeleito. A população pode não entender porque trocar o quarto mandato faltando ainda três anos, por mais que ele, pessoalmente, tenha saturado da PMT.

Para completar se sair do Palácio da Cidade estaria entregando de bandeja para a ala do PMDB do presidente da Assembleia Themistocles Filho, com quem teve um arranca rabo exposto em toda a imprensa no fim do ano passado por causa da reeleição antecipada do presidente da Câmara dos Vereadores de Teresina Jeová Alencar (PSDB).

4-João Vicente Claudino (prestes a voltar ao PTB):


Pontos positivos: É o tipo de figura política que é impossível ter alguma mágoa, tamanha é a fama de “gente boa” de “JVC”, como é apelidado. Filho do homem mais rico do Piauí, João Claudino Fernandes, dinheiro para uma campanha de governador, pelo menos teoricamente, não será problema.

Entrou e saiu da política sem qualquer arranhão. Nunca foi sequer citado em qualquer que seja esquema de corrupção, irregularidade etc, mesmo tendo sido não apenas senador da República, mas também secretário em governos anteriores ao de Wellington Dias. Aliás, desfez a aliança com o atual governador saindo com a imagem de vítima. Foi o ‘traído’ e não o ‘traíra’, o que conta pontos num debate eleitoral. Reconhecido por resultados positivo como executivo, a frente de empresas como a poderosa Socimol, possui inclusive pedidos de empresários para se candidatar.

Pontos negativos: Até colocar o nome como ‘pré-pré dos pré quase candidatos’ gera dúvidas. Há quem duvide de que JVC saia candidato devido o seu histórico de desistências em situações de deixar qualquer um de boca aberta. Para se ter uma ideia, João Vicente não apenas não saiu candidato a reeleição para o Senado em 2014, como abandonou o partido que transformou quase num império, com mais de 50 prefeitos em todo o estado.

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Disputava pau a pau, à época, com outra potência partidária, o PSB, a liderança de quem mais tinha filiados. Depois que saiu, tudo desmoronou. E essa fama de ‘abandono das coisas que podem dar certo’ impregnou. Além disso, não é do tipo que bate de frente, mesmo já tendo dado sinais de que não quer qualquer tipo de aproximação com o atual governador.

5-Dr. Pessoa (PSD):


Pontos positivos: Sua popularidade é quase semelhante à do próprio W.Dias, especialmente quando se trata do povão, aquele que gosta de sair nas campanhas políticas levando tapinhas nas costas e comendo panelada no meio da rua. Sua imagem, aliás, se confunde com a do povão, da grande massa.

A forma de falar é entendida por pessoas mais simples. Além disso, tem aquela fama de “vovôzão honesto”. Saiu da Câmara dos Vereadores de Teresina para a Assembleia Legislativa com anúncios de projetos que realmente beneficiaram as pessoas mais pobres. E, claro, os atendimentos médicos que presta à população, de forma gratuita, em um consultório simples, contam muito.

Pontos negativos: A desconfiança por parte da própria classe política, que só falta chamar o deputado de “doido”. Não acreditam que ele saberia ser um grande gestor e ao invés de somar alianças, poderia dividir, fazer com que projetos importantes nem sequer passassem por uma Assembleia Legislativa dessas. Falta um partido para abraçar as suas causas.

O seu PSD, que é presidido pelo deputado federal Júlio César, não lhe dá qualquer esperança de apoio. É comum Dr Pessoa aparecer na imprensa dizendo que está em fase de “lavagem de roupa suja” com Júlio César. A sua forma de falar, por mais que seja a mesma do povão, não agrada o tipo de eleitor, digamos, “mais esclarecido”. Há quem aposte no Dr Pessoa no Legislativo, mas que duvide do Dr Pessoa no papel de Executivo.

6-Fábio Sérvio (Patriotas):

Pontos positivos: Jovem, inteligente e querendo ser o ‘não político entrando na política’ que a população tanto pede, Fábio Sérvio possui trabalhos premiados como publicitário, referências de alguns dos principais empresários da comunicação do Piauí e passou a ser empresário ao assumir um dos maiores jornais do estado, o Diário do Povo, antes pertencente à poderosa família Damásio.

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Demonstrou coragem não apenas ao empreender num ramo tão complicado, mas por, assim como fez João Henrique Sousa, dar a cara a tapa e enfrentar o governador Wellington Dias de frente, apontando o dedo e fazendo críticas que muitas gostariam, mas não tem coragem de dizer. Por fim, tem o fator Jair Bolsonaro, que lhe entregou o Patriotas no Piauí, para levantar as ideias do “Mito” que já possui muitos seguidores fieis no estado, pessoas altamente de acordo com suas colocações de extrema direita.

Pontos negativos: A começar por ter que, obrigatoriamente, ter que definir suas prioridades: gerir um jornal grande como o Diário do Povo (pagar funcionários em dia, ter um mínimo de controle sobre o conteúdo que, como qualquer veículo de comunicação, precisa ser imparcial) ou ser candidato a governador do Piauí (fazer contatos que lhe façam engolir certos sapos, buscar alianças que lhe deixarão engasgado e, claro, gastar muuuito dinheiro para fazer material de divulgação). Definitivamente não dá para ser os dois. Além disso Fábio Sérvio tem uma fama terrível de não ser um “cara acessível”.

Não é incomum pessoas muito próximas a ele revelarem que não conseguiram falar com ele de forma alguma. Ou trocou de número, ou desligou o celular, ou está viajando e ninguém sabe para onde… sempre tem uma justificativa. Para completar tem o fato de só ter brigado com o governador Wellington Dias por não ter sido atendido de alguma forma, já que participou ativamente da campanha do petista em 2014, colocando inclusive matérias positivas pró-W.Dias em seu portal de notícias, o Capital Teresina.

E QUE VENHA OUTUBRO DE 2018…
Dito isso, acredito que ainda pode ser acrescentado muitos pontos positivos e muitos pontos negativos a cada um dos seis possíveis candidatos a governador citados. Mas pelo menos você, eleitor, poderá conhecer um pouco mais de cada um desses nomes e fazer a sua própria avaliação. Uma coisa é certa: o ano promete. Feliz 2018!

Fonte: Oito meia

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Foto: reprodução Oito Meia

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