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POLÍTICA

Impeachment coloca o Nordeste no centro da disputa pela Câmara Federal

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A semana começou com três favoritos(Rogério Rosso, Rodrigo Maia, Giacobo), mas a terça-feira,12, nos brindou com um novo favorito que deverá chegar bem(?!) num iminente segundo turno da disputa pela sucessão do deputado afastado Eduardo Cunha.

O deputado Marcelo Castro(PMDB-PI), um piauiense do mais profundo Semiárido nordestino que foi ministro da presidenta afastada Dilma Rousseff e que votou contra o Impeachment – ganhou o direito de ser o candidato oficial do PMDB, partido de Michel Temer, presidente da República, em exercício – ao comando da Câmara dos Deputados.

O que impressiona é que ele chegará à sessão dessa quarta-feira,13, como um dos favoritos para a disputa.  Até então, um improvável. Marcelo Castro era visto como minoria em seu partido, quase um pária. Mesmo tendo sido Ministro de Estado da Saúde parecia quase invisível nos últimos dois meses de governo interino.  Entre os deputados do Piauí, ganhou a sombra do craque em articulações Heráclito Fortes(PSB-PI).

Se nada acontecer de diferente, e isso poderá acontecer – ele tem amplas condições de conseguir os votos de todos aqueles que se colocaram contra o Impeachment da presidenta afastada  Dilma Rousseff.

Dilma teve 137 votos na sessão da Câmara Federal que autorizou a admissibilidade do processo de Impeachment.  Marcelo Castro poderá conseguir os votos de toda essa gente sem contar alguns peemedebistas – ele teve 28 votos de correligionários do PMDB para ser escolhido candidato oficial!  Com base naquela votação, com essa miriáde de pré-candidatos, ele tem amplas condições de chegar com força ao segundo turno da disputa para suceder Cunha.

Isso será um grande constrangimento que o governo em exercício terá pela frente. Para os setores econômicos, à beira da votação final do Impeachment, quando já se especula que teremos um ano de 2017 com o retorno do crescimento econômico – não seriam bons ventos. A criação de um bloco de deputados com apoio da nova oposição que mostra força e representatividade não é bem visto pelos setores econômicos apesar de ser relevante na dinâmica social. Mostra que a sociedade, independente dos interesses dos políticos, estaria viva, pulsante?! Há dúvidas.

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Nada garante que o grupo que se formará em torno de Castro tenha condições de vida além da eleição. Castro teria o teto de 140 votos, talvez menos. Para eleger um presidente da Câmara Federal é preciso muito mais. As possibilidades de Castro, na verdade são limitadíssimas, porém qualquer tipo de incômodo à beira da votação do Impeachment não é bom.

É necessário lembrar que um dos grandes motivos que faz com que os senadores devam confirmar o Impeachment é o fato da Câmara Federal precisar ser respeitada em sua vontades.  Pode ser só um solavanco?  Pode!

A verdade é que os nordestinos, a bancada do Nordeste, que estava mortinha, mortinha, voltou a vida com o fator Marcelo Castro!

Portal AZ

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