POLÍTICA
Marcelo Castro diz que PEC será votada na próxima semana e defende consenso
O senador Marcelo Castro (MDB), relator do Orçamento de 2023, afirmou nesta sexta-feira (25) que a Proposta de Emenda à Constituição, a PEC da Transição, tem que ser votada até a próxima semana. Ele também comentou sobre o embate entre aliados do presidente eleito Lula (PT) e defendeu o entendimento entre as lideranças acerca do texto final a ser apresentado.
“Precisamos de uma convergência. Não adianta você apresentar um texto ideal que não tenha voto. Precisa apresentar um texto que seja feito de comum acordo com as lideranças do Senado e Câmara. Na hora que você tiver esse consenso você tem a tramitação rapidamente”, disse Marcelo Castro sobre a PEC da Transição.
Recentemente, o senador Jaques Wagner do PT da Bahia disse que falta a indicação do ministro da Fazenda para o texto prosseguir no Congresso. Em resposta, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PT), coordenadora política do governo de transição rebateu dizendo que “está faltando articulação política no Senado”.
PEC TEM QUE SER VOTADA ATÉ PRÓXIMA SEMANA
Em entrevista, Marcelo Castro reconheceu que ainda há muito a ser feito para fechar o texto final da PEC da transição. Porém, alertou os aliados: há um limite para um consenso acerca do texto. Isso porque, segundo ele, a aprovação da PEC também barra a tramitação do Orçamento para 2023.
“Falta muita coisa para ajustar, mas tudo que falta para ajustar tem um limite. Não podemos ultrapassar essa próxima semana sem votar essa PEC. O meu compromisso é votá-la na próxima semana para ir à a Câmara, pois orçamento vai estar na dependência dessa PEC.
“ORÇAMENTO INEXEQUÍVEL”
Marcelo Castro também ressaltou que Lula não terá condições de gerir diversos programas sociais se não aprovar a PEC. Entre as ações afetadas está uma das principais bandeiras de campanha do petista, o programa “Minha Casa, Minha Vida”.
“O Lula não tem condições de administrar com orçamento que está aí. Se ele pegar esse orçamento que está aí sem a PEC, ele está com quase um ano perdido, porque não tem recurso. Tem R$ 34 milhões para o programa Minha Casa, Minha Vida. Com esse recurso não dá para fazer habitação nem em um bairro de Teresina”, declarou.
Fonte: Cidade Verde|Foto: Paula Sampaio
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