POLÍTICA
No Piauí, Haddad diz que será segunda violência se justiça não cumprir decisão da ONU
O candidato a vice na chapa do ex-presidente Lula, o ex-ministro da educação Fernando Haddad, classificou como uma segunda violência a justiça brasileira não cumprir a determinação do Comitê de Direitos Humanos da ONU, que na manhã de hoje afirmou que Lula tem direito de ser candidato a presidente. A decisão da ONU é que o Estado Brasileiro “tome todas as medidas necessárias para permitir que o autor [Lula] desfrute e exercite seus direitos políticos da prisão como candidato nas eleições presidenciais de 2018, incluindo acesso apropriado à imprensa e a membros de seu partido politico”.
“Hoje é um dia muito importante para a história do Brasil. As Organizações das Nações Unidas, por meio do seu comitê de Direitos Humanos emitiu uma decisão que tem força de lei no Brasil, já que o país reconhece essa instância de poder. Tem força de lei no Brasil. Eles disseram que o Lula não pode ser impedido de concorrer as próximas eleições”, afirmou em entrevista à TV Cidade Verde.
O ex-prefeito de São Paulo disse que a população tem o direito de votar em quem quiser e que seu voto não pode ser cassado.
“Nós estamos lutando por este direito já há algum tempo. A população tem direito de votar em quem quiser. Seu voto não pode ser cassado. A ONU disse hoje que a população poderá votar no ex-presidente Lula nas próximas eleições. Repito: a decisão tem força de lei no Brasil. A decisão tem o reconhecimento do nosso ordenamento jurídico. Eles dizem de forma clara que nenhuma autoridade brasileira pode impedir a candidatura de Lula”, declarou.
Haddad disse ainda que o próximo passo é levar ao conhecimento das autoridades brasileiras a decisão. “O comunicado das Nações Unidas é público. Vamos imediatamente levar o conhecimento das autoridades brasileiras e dizer que elas não podem violar o ordenamento jurídico. Se não for atendido, aí seria uma prática antidemocrática. É cassar o direito das pessoas. Vamos dar liberdade ao povo. A decisão diz que ele não pode ser impedido de se apresentar. Ninguém é obrigado a votar no Lula, mas ninguém pode impedir de ele se apresentar”, declarou.
Haddad está em Teresina para gravar trechos do programa nacional de Lula e participar do lançamento da campanha do governador Wellington Dias. O ex-ministro, que também foi prefeito de São Paulo, concedeu entrevista coletiva no Hotel Arrey ao lado do governador e da senadora Regina Sousa.
Segundo o ex-ministro, caso Lula venha a concorrer nas eleições, o PT não lançará chapa pura. Neste caso, o cargo de vice passa a ser de Manuela Dávila, do PCdoB.
Ainda no Piauí, Haddad participa às 16h da primeira caminhada promovida pelo governador Wellington Dias no bairro Dirceu Arcoverde, zona Sudeste de Teresina.
Fonte: Cidade Verde