Oposição quer extinção de dez secretarias no Estado

O líder das oposições na Assembleia Legislativa, deputado Robert Rios (PCdoB), garante que vai até o fim com a sua proposta de colaborar com o governo, para que evitar que chegue ao Piauí a crise financeira que já vem provocando estragos em outros Estados, como no Rio Grande do Sul e no Tocantins.

“Uma coisa é certa: não queremos cargos. Vamos apenas apresentar propostas”, adiantou o deputado. Ele disse que o assunto já foi discutido internamente entre a bancada oposicionista, que tomou a iniciativa de procurar o governo. Até então, era o governo quem procurava a oposição, quando havia necessidade.

Robert Rios disse que a bancada oposicionista apresentará ao governador Wellington Dias um documento para redução da máquina administrativa e das despesas públicas. No bojo, estariam a extinção de pelo menos dez secretarias de Estado e o fim da convocação dos dez suplentes de deputado chamados para a Assembleia Legislativa.

O parlamentar lembrou que quando a Assembleia aprovou a reforma administrativa na forma proposta pelo governador ainda não se falava na crise na extensão em que ela aparece. E observou que a própria presidente Dilma Rousseff já cogita reduzir ministérios, como a sinalizar que o governo federal também está fazendo sacrifícios para enfrentar a crise.

Robert Rios disse que entendeu a pronta reação do líder do governo, deputado João de Deus Sousa (PT), à proposta da bancada oposicionista. Para o petista, lugar da oposição e na oposição. “Nós não estamos querendo aderir, não. Mas eu entendo o deputado João de Deus. Como ele é um dos suplentes convocados, certamente não vai concordar com o fim da convocação dos suplentes”, raciocina o líder oposicionista.

Pelo que adiantou Robert Rios, não é apenas o deputado João de Deus que ficará contra a proposta da oposição. Ele disse que os oposicionistas vão sugerir ainda ao governador que extinga também pelo menos 1.500 DAS´s. Aí os deputados da oposição vão comprar briga com toda a bancada do governo, que prefere ver o governo afundar na crise e o Estado quebrar a perder um DAS que seja.

 

Diário do Povo