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POLÍTICA

PF faz buscas contra Ciro e Cid Gomes por supostas propinas em obra do Castelão

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Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira, 15, a Operação batizada “Colosseum” para apurar supostas fraudes e pagamento de propinas a agentes políticos e servidores públicos envolvendo as obras no estádio Castelão, em Fortaleza, capital cearense, entre 2010 e 2013. Entre os alvos das buscas estão o presidenciável Ciro Gomes e o ex-governador Cid Gomes, seu irmão.

Um efetivo de 80 policiais federais cumpre 14 mandados de busca e apreensão em endereços de Fortaleza, Meruoca, Juazeiro do Norte (CE), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e São Luís (MA). As ordens foram expedidas pelo juiz Danilo Dias Vasconcelos de Almeida, 32ª Vara Federal Criminal no Ceará. O magistrado ainda determinou a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático de Ciro e Cid Gomes.

De acordo com a PF, as investigações miram em “possível pagamento de vantagem indevida para que a Galvão Engenharia obtivesse êxito no processo licitatório da Arena Castelão e, na fase de execução contratual, recebesse valores devidos pelo Governo do Estado ao longo da execução da obra de reforma, ampliação, adequação, operação e manutenção do Estádio”.

A representação indica que o valor da concorrência foi de R$ 518 milhões, oriundo em parte de financiamento do BNDES. “Apurou-se indícios de pagamentos de 11 milhões de reais em propinas diretamente em dinheiro ou disfarçadas de doações eleitorais, com emissões de notas fiscais fraudulentas por empresas fantasmas”, registrou a PF em nota.

A ofensiva mira nos supostos crimes de lavagem de dinheiro, fraudes em licitações, associação criminosa, corrupção ativa e passiva. O nome da operação faz referência ao Coliseu, localizado em Roma, na Itália.

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‘Estado policial’

No Twitter, o Ciro Gomes afirmou: “Até esta manhã, eu imaginava que vivíamos, mesmo com todas imperfeições, em um pais democrático. Mas depois da Policia Federal subordinada a Bolsonaro, com ordem judicial abusiva de busca e apreensão, ter vindo a minha casa, não tenho mais dúvida de que Bolsonaro transformou o Brasil num Estado Policial que se oculta sob falsa capa de legalidade. O pretexto era de recolher supostas provas de um suposto esquema de favorecimento a uma empresa na licitação das obras do Estádio do Castelão para a Copa do Mundo de 2014. Chega a ser pitoresco. O Brasil todo sabe que o Castelão foi o estádio da Copa com maior concorrência, o primeiro a ser entregue e o mais barato construído para Copas do Mundo desde 2002. Ou seja, foi o estádio mais econômico e transparente já feito para a Copa do Mundo. Mas não é isso. E sejamos claros. Não tenho nenhuma ligação com os supostos fatos apurados. Não exerci nenhum cargo público relacionados com eles. Nunca mantive nenhum tipo de contato com os delatores. O que, aliás, o próprio delator reconhece quando diz que NUNCA me encontrou. Tenho 40 anos de vida pública e nunca fui acusado nem processado por corrupção. Não tenho dúvida de que esta ação tão tardia e despropositada tem o objetivo claro de tentar criar danos à minha pre-candidatura à Presidência da Republica. Da mesma forma tentaram 15 dias antes do primeiro turno da eleição de 2018. O braço do estado policialesco de Bolsonaro, que trata opositores como inimigos a serem destruídos fisicamente, levanta-se novamente contra mim. Não tenho dúvida de que esta ação tão tardia e despropositada tem o objetivo claro de tentar me intimidar e deter as denúncias que faço todo dia contra esse governo que está dilapidando nosso patrimônio público com esquemas de corrupção de escala inédita. Nuca me senti um cidadão acima da lei, mas não posso aceitar passivamente ser tratado como um subcidadão abaixo da lei. Sou um homem do embate, do combate e do Direito. Essa história não ficará assim. Vou até as últimas consequências legais para processar aqueles que tentam me atacar. Meus inimigos nunca me intimidaram e nunca me intimidarão. NINGUÉM VAI CALAR A MINHA VOZ”

Até a publicação desta matéria, a reportagem do Estadão não havia conseguido contato com o presidenciável e com o ex-governador. 

Fonte: Estadão Conteúdo

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