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POLÍTICA

Rodrigo Martins diz que reforma da previdência é ruim: ‘afeta o trabalhador’

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Se depender do deputado federal Rodrigo Martins (PSB), o projeto de Reforma da Previdência não passa na Câmara dos Deputados. Mesmo sendo da base de sustentação do governo Temer, o parlamentar classifica a proposta como ruim para o trabalhador, principalmente o da zona rural.

“É um projeto muito ruim e vários trabalhadores serão prejudicados. O trabalhador rural, por exemplo, tem sua idade mínima aumentada para 65 anos e passa a contribuir com o da zona urbana e nós sabemos que é diferente”, afirmou em entrevista à TV Cidade Verde, ressaltando outros pontos considerados críticos.

“Igualdade entre homens e mulheres para 65 anos é outro erro. Tem o ponto também de 49 anos de contribuição para ter direito ao salário integral”, enumera.

Hoje, segundo Martins, o projeto não passaria pelo plenário da Casa.

“É o projeto mais polêmico, mais importante, pelo menos do ponto de vista legislativo que se trata nesse ano. Vivemos ai um momento difícil por conta da crise financeira e previdência há muito vem nos dando o alerta que ela está deficitária. Eu acredito que será um projeto bastante debatido”, declarou.

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“O projeto não tem causado clima bom nem mesmo na base. Nós acreditamos que se hoje ela fosse colocada em plenário, não atingiria 2/3 e certamente seria reprovada”, concluiu.

O projeto

O texto, que muda oito artigos da Carta Magna, afeta servidores públicos – da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios – e trabalhadores da iniciativa privada, atendidos pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS).

Fotos: Roberta Aline/Cidadeverde.com

A reforma também afeta trabalhadores rurais, professores e policiais civis, que hoje contam com aposentadorias especiais. Ficaram de fora neste momento integrantes das Forças Armadas, policiais militares e bombeiros militares – mas, segundo o governo, há previsão de projetos para esses segmentos, que possuem regimes específicos previstos em lei.

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A ideia do governo é aproximar os regimes dos setores público e privado, que, pela proposta, passarão a contar com diversas regras em comum, entre elas a idade mínima e o tempo de contribuição para aposentadoria.

O texto alcança dois grupos de benefícios: os programáveis (aposentadorias por idade, por tempo de contribuição e especial) e os não programáveis (aposentadoria por invalidez e pensão por morte).

As novas regras também não afetam os atuais aposentados e pensionistas. Para as pessoas que já estão contribuindo haverá regras de transição.

Deficit previdenciário

O objetivo da reforma, segundo o governo, é conter o deficit previdenciário – diferença entre o que é arrecado pelo sistema e o montante usado para pagar os benefícios – ocasionado por despesas crescentes e de difícil redução.

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