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Planta da Caatinga, umburana podem ajudar a combater Aedes aegypti
Alexandre Gomes explicou que a grande vantagem de usar pesticidas vegetais, orgânicos, é que essas substâncias são mais seletivas e agem em pragas específicas. Os resultados dos testes mostraram que os óleos matam mais de 50% das larvas, número de referência na biologia para saber se um composto funciona. “Um produto é considerado eficaz quando mata 50%”, ressaltou.
Testes
Agora, para que esses óleos essenciais possam se tornar produtos comerciais, os pesquisadores estão investigando se só fazem mal aos mosquitos. “Apesar de ser um produto natural, precisamos saber até que dose podemos utilizar, até que ponto não fazem mal. Estamos em fase de teste de toxicidade para saber se não causam danos a células humanas e a outros organismos”, explicou. Segundo ele, os testes de toxicidade vão permitir que saibam a dose exata. “Ainda no primeiro semestre teremos os resultados”, acrescentou.
A expectativa do pesquisador é que no segundo semestre a equipe comece a buscar parcerias com a iniciativa privada para que esses óleos possam chegar ao mercado. “Infelizmente, no Brasil, o pesquisador não é preparado para ser empreendedor. Esta é a grande limitação dos pesquisadores: conseguir transformar a pesquisa em produtos. A gente só vai conseguir fazer isso com a iniciativa privada.”
As plantas usadas foram coletadas no Parque Nacional do Catimbau, em Pernambuco, e também podem ser encontradas no Piauí, em Sergipe e no Espírito Santo.
Agência Brasil