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Número de focos de incêndio no PI já é 20% maior do que em 2014, diz Inpe

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Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o número de focos de calor registrados entre 1ª de janeiro até essa quinta-feira (25) já é 20% superior ao anotado no mesmo período do ano passado. Em 2014, a quantidade foi de 6.429 incêndios contra 7.760 verificados neste ano.

Segundo Gildênio Sousa, coordenador do PrevFogo, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), ainda não é possível especificar os motivos do aumento. “Ainda não dá para precisar o que leva a isso. Vamos ainda saber se todos esses focos são legais, ou se houve um aumento na quantidade de incêndios criminosos”, afirmou ao G1.

O coordenador explicou que até os meses de julho e agosto, existia uma queda de 25% no número de queimadas no Piauí, mas que houve um “boom” de casos no mês de setembro. “Existia uma queda da ordem de um quarto quando comparado a 2014, mas em setembro as queimadas dobraram. Historicamente esse é o pior mês do ano”. Os dados do Inpe reforçam a fala, já que de 1ª a 25 de setembro de 2014 ocorreram 2.057 queimas, quando no mesmo período deste ano foram 4.449 focos.

A região dos cerrados piauienses é de longe a que registra o maior número de focos de calor no Piauí. Os municípios de Urucuí, Baixa Grande do Ribeiro, Parnaguá, Floriano e Riacho Frio são os cinco com a maior quantidade de focos de queima no estado. “A região dos cerrados concentra os casos por vários fatores. É onde seca primeiro, há grande desmatamento e todos os focos são provocados pela mão humana, seja em grandes ou pequenas propriedades”, contou.

Prevenção
O Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PrevFogo) trabalha com o monitoramento, prevenção e combate a incêndios no Brasil. No Piauí, ele atua com seis brigadas que trabalham o combate ao fogo e educação ambiental.
O Nordeste é um estado em que a agricultura familiar é acompanhada pelo preparo da terra através do fogo, uma cultura de centenas de anos, que é a principal reponsável pelas queimas na região.

“A gente conhece a cultura da nossa terra e por isso damos cursos de cursos de queima controlada, paralelamente à formação da brigada. A gente alerta para os malefícios do fogo, mas ensina como fazer essa queimada sem que ela vire um incêndio florestal”, afirmou  Gildênio Sousa, coordenador do PrevFogo no Piauí.
G1

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