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Assaltantes estão de olho em dinheiro de compra de votos, diz secretário
Published
8 anos agoon
Durante as eleições no Piauí, uma prática criminosa bastante comum é a compra de votos. E sabendo que muitos candidatos andam com muito dinheiro em espécie para tal, bandidos aproveitam para a prática de assaltos com a confiança de que, por se tratar de dinheiro não declarado, as vítimas não informarão à polícia. E preocupado com a violência das abordagens nesse tipo de ação em que “ladrão rouba ladrão”, a Secretaria de Segurança iniciou uma operação para sondar os dois tipos de crime.
De acordo com secretário de segurança, Fábio Abreu, a polícia já iniciou um trabalho de investigação de grupos que estariam se preparando para assaltos a candidatos com dinheiro para a compra de votos. Segundo ele, apesar de parecer que estão protegendo uma prática criminosa dos políticos, a ação visa proteger as pessoas. “Eles conseguem essas informações de que alguém está com o dinheiro e muitas vezes nem está. Eles invadem as casas ou abordam de forma violenta. Numa abordagem dessas, por serem inexperientes, podem atirar e matar alguém pelo nervosismo. São ladrões comuns”, explica.
O secretário lembra um caso recente numa cidade em que bandidos haviam sido informados que um candidato estaria com muito dinheiro e o político acabou sendo vítima. “Foram no dia errado procurando a casa [onde estaria o dinheiro] e resolveram levar pessoal ao banco. Esqueceram até uma arma e mostra que não são profissionais e é maior o risco [de morte], explica, destacando que não foi comprovado que o candidato estaria com intenções de comprar votos.
Fábio alerta aos candidatos, principalmente no interior do estado, a terem precaução, pois podem se tornar alvos juntamente com a família. “O principal é não comprar votos, pois isso pode botar muita gente em risco. Mas é bom estarem em alerta e os bandidos acham que os candidatos tem muitos recursos em suas casas e em outros locais”, declara.
Como a compra de votos é um crime e a denúncia de roubo de uma grande quantia nas proximidades das eleições poderia alertar a polícia e o Tribunal Regional Eleitoral, esse tipo de delito dificilmente é delatado e acaba no esquecimento. “Infelizmente eles nunca informam a polícia, mas a polícia está em alerta com ações em alguns municípios antecipando as investigações para evitar as duas práticas criminosas”, finaliza.
Diego Iglesias
[email protected]
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