Marcelo defende ‘lista fechada’ e diz que políticos fazem campanha pra si

Ao defender o sistema de lista fechada para as eleições legislativas, o deputado federal Marcelo Castro (PMDB) afirmou que o sistema político brasileiro é reconhecidamente o pior do mundo, exaurido. Para ele, o dinheiro investido nas campanhas é que define quem será eleito, e que já está na hora do Brasil parar de inventar ideias mirabolantes .

Em entrevista ao programa Palavra Aberta, da TV Câmara, Castro ressalta que atualmente os candidatos a vereador e deputado fazem campanhas para si, com carros, santinhos, cartazes, músicas e o exército de cabos eleitorais que acabam custando uma fábula.

“Quem mais gasta, mais voto tem. Quem menos gasta, menos voto tem”, diz.

Com o atual sistema, Marcelo acredita ser inviável o financiamento público de campanhas, ao tempo em que defende o uso de listas partidárias ou sistema distrital. Segundo ele, o modelo proposto para o Brasil se assemelha com o sistema alemão: metade dos deputados federais, a exemplo, seriam eleitos pelo sistema majoritário distrital, e metade pelo sistema proporcional de lista fechada.

“Precisamos acabar com essa jabuticaba que a gente fica inventando. Porque não fazer como o resto do mundo?”, indaga.

Ainda segundo o parlamentar, o sistema ajudaria a fortalecer os partidos, que hoje sequer conseguem definir o que de fato propõem para a sociedade.