Picos
Lagoa seca e cágados morrem atropelados ao atravessarem estrada
Published
10 anos agoon
Por conta da estiagem que atinge o Piauí, estão acontecendo vários problemas com a fauna e a flora. Em Picos, a 310 km ao Sul de Teresina, com a água cada vez mais escassa os cágados, tartarugas de água doce, uma espécie típica da região e de hábitat aquático geralmente encontrado em lagos, rios e riachos temporários da região semiárida, estão morrendo atropelados ao tentarem a travessia de uma estrada que liga um lago, que está secando, a outro com um acúmulo de água maior.
O lago fica localizado no bairro Pedrinhas, Zona Leste do município, há décadas não secava, mas com a grande estiagem o local está praticamente uma pequena poça de lama, o que está afetando diretamente os cágados que buscam sem destino uma nova fonte de sobrevivência.
![cágados, tartarugas de água doce, morrendo atropelados (Foto: Fabrício Sousa/Aquivo Pessoal) cágados, tartarugas de água doce, morrendo atropelados (Foto: Fabrício Sousa/Aquivo Pessoal)](http://s2.glbimg.com/bJAfCJOJuwJv9TCzgu188dR1OCM=/300x225/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2014/09/07/sam_6238.jpg)
Luís Alberto, também morador do bairro, cobrou uma atitude do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “Queremos que o órgão tome às providências e venham socorrer esses animais. Já entramos em contato com eles, que só dizem para pegar os cágados e soltar em um local apropriado. Mas como é que vou ficar a noite toda salvando esses animais?”, questionou.
O morador disse ainda que a população também pode tirar um tempo para evitar a morte dos animais. “A população também pode ajudar a levar os cágados para o rio Guaribas, que corta a cidade”, relatou.
O superintendente do Ibama no Piauí, Manoel Borges, informou ao G1 não ter responsabilidade sobre o caso, pois o Instituto tratava apenas de problemas a nível federal e que ocorrências como as dos cágados eram de trabalho da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semar).
Nota
A Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (SEMAR), em função do fato relatado pela população picoense, vai proceder a uma avaliação ambiental in loco, a fim de adotar medidas adequadas para a solução do ocorrido. Tais ações devem ser antecedidas de conhecimento da causa do problema ambiental e dos agentes que possivelmente estejam contribuindo para a situação. Uma vez compreendidos a causa e os eventuais infratores, a Fiscalização Ambiental e demais setores envolvidos da Secretaria desenvolverão ações educativas e, caso necessário, medidas repressivas para resolução da problemática.
A Semar entende antecipadamente que é necessário um trabalho educativo de educação ambiental junto à população, coordenada em parceria com o município de Picos, visando evitar e gerenciar eventos dessa natureza.
G1
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