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Piauí é o estado mais desigual do país em aprendizagem

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A meta do estado para a educação nos próximos para 2017 é saltar do 18º no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para 12º. E as duas principais estratégias para isto é aumentar a proficiência dos estudantes nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências e a taxa de aprovação escolar. Mas como isto será feito?

Por meio da gestão escolar. Falando assim, pode parecer pura abstração. Mas foi este fator que o projeto Jovem de Futuro destacou, dentre vários outros que contribuem para que o processo de aprendizagem aconteça de forma eficiente.

As metas e estratégias foram anunciadas nesta sexta (19) em evento realizado no hotel Blue Tree. Estiveram presentes o governador Wellington Dias, o superintendente-executivo do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques, o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi), Francisco Guedes e educadores de todo o estado. A secretária de educação, Rejane Dias, não estava presente porque recebia uma homenagem em São João do Piauí.

 

Projeto Jovem de Futuro

O projeto Jovem de Futuro foi criado em 2007 pelo Instituto Unibanco e tem como premissa a gestão escolar de qualidade visando um impacto positivo no aprendizado de estudantes do Ensino Médio.

O superintendente-executivo do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques, explicou que a ideia é identificar os pontos problemáticos e as potencialidades de uma escola em específico e, a partir disto, elaborar metas e estratégias para aquela dada escola. O interessante da proposta é que outros fatores importantes na aprendizagem do aluno, como a formação dos professores e a participação familiar, entram nesta equação, enfatizando o que vai bem e tentando corrigir os erros no meio do caminho.

De acordo com Henriques, na prática, o apoio dado ao governo do estado tem “várias dimensões”. “Além de criarmos metas e estratégias de aprendizagem para os alunos, formamos um diretor e um diretor pedagógico para cada escola. Também formamos supervisores regionais”, explica.

Isto é feito por meio de cursos de formação presenciais e à distância. São quatro formações ao longo do ano em gestão escolar. O Instituto ainda supervisiona todo este processo por meio de visitas quinzenais dos supervisores da rede nas escolas com a elaboração de relatórios em plataformas de dados de modo a avaliar o rendimento dos estudantes. Além disto, a cada três meses, há uma reunião para o acompanhamento das metas de aprendizagem.

Para este biênio, 139 escolas do estado foram selecionadas para serem atendidas imediatamente.

 

Desigualdade escolar

Outras estratégias salientadas foram a redução da desigualdade escolar e a da taxa de evasão. A desigualdade escolar se dá de várias formas no Piauí: em grau de desigualdade entre as escolas, o Piauí é o quarto no ranking dos estados da federação; em aprendizagem, é o mais desigual do país.

Paradoxalmente, um dado positivo é que, em uma década, o estado reduziu a desigualdade de oportunidade por série/ano. Essa redução foi, inclusive maior, do que a média nacional.

Em relação à evasão escolar e à conclusão do ensino fundamental na idade adequada, um dado sociocultural alarmante é que as crianças e jovens advindos de famílias cujo chefe familiar é uma mulher, negra, pobre, analfabeta e que vive na zona rural, têm apenas 22% de chance de concluir o 9º ano aos 16 anos.

O governador Wellington Dias destacou que o atraso do Piauí não está relacionado às condições climáticas do estado. “A nossa pobreza tem a ver com a [falta de] educação que gera desigualdade”, disse.

Na oportunidade, ele anunciou que a meta de seu governo é dobrar o PIB nos próximos 10 anos e aumentar o IDH para 0,8. Também adiantou aspectos que podem estar presentes no Plano Estadual de Educação que seriam o foco no Enem, na redução da evasão escolar e a relação aluno-professor.

 

Vooz

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