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Bandidos mataram 27 policiais militares em dois anos no Piauí

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Nos últimos dois anos morreram 27 policiais militares em serviço ou durante a folga, porque bandidos descobriram que eram PM. Foram 13 mortos em 2015; 12 mortos em 2016 e outros dois mortos nos primeiros meses de 2017. Além dos mortos, teve os policiais que foram feridos e muitos deles ficaram inativos, com sequelas. Foram 5 feridos em 2015; 13 PMs feridos em 2016 e 5 em 2017. O presidente da Associação dos Oficiais da PM-PI, coronel Carlos Pinho, disse que os policiais militares estão sendo caçados pelos bandidos para matar porque são policiais ou para tomar o armamento a fim de praticar crimes.

Segundo o coronel Carlos Pinho,  até 2009 Teresina estava dentre as cidades mais tranquilas e seguras do país. A partir daí houve uma explosão da violência no Estado. Entre 2015 e 2016 houve um componente a mais que foram as vitimizações dos policiais militares. “Em 2015 foram 13 mortos e cinco feridos. Um dos mortos fazia a segurança do filho do governador. Um outro, em Picos, levou dois tiros e morreu depois, debilitado”.

Há casos em que o policial estava de folga e foi morto, porque foi reconhecido como PM. “É uma ação deliberada dos criminosos para intimidar quem enfrenta a criminalidade. Eles estão mais violentos e o alvo prioritário é o policial. Em 2016 foram 12 mortos e 13 feridos. Dois foram salvos por conta do colete à prova de balas”, acrescentou o oficial.

Em 2017 já houve dois mortos e cinco feridos. Nesses casos, um morreu por que os criminosos descobriram que ele era PM. Ele estava de folga. E o outro foi para tomar a arma.

O oficial da PM alegou que os policiais militares têm salários baixos e precisam se sujeitar a dupla jornada para complementar os vencimentos. Muitos deles atuam como segurança particular e estão mais sujeitos à ação de bandidos. “Se tivéssemos uma remuneração mais justa, não precisariam fazer extras e ficar mais vulneráveis “, finalizou Carlos Pinho.

Atualmente, a Polícia Militar do Piauí tem 5.974 homens no serviço ativo, mesmo os que não atuam diretamente no serviço de policiamento ostensivo. Mas a previsão legal era para que o efetivo da PM-PI tivesse 11.366 homens trabalhando.

Policial Militar não recebe adicional por arriscar a vida

Segundo Carlos Pinho, o PM não é tratado como deveria pelo poder público. Eles se ressentem de armamento, equipamentos e melhores salários. Por conta disso, eles querem tratamento isonômico com os policiais civis, a partir do salário. Um soldado PM ganha em torno de R$ 3,8 mil e um agente da Polícia Civil ganha em torno de R$ 6,5 mil, incluindo as vantagens e gratificações.  “A Civil recebe o suspeito depois de contido e desarmado, apenas para colocar no papel. Por que merece adicional por risco de vida e ganhar mais que um militar?”, questionou o oficial.

De acordo com o oficial, a polícia é uma atividade indivisível para a sociedade civil em todo o mundo. No Brasil existe uma compartimentação distorcida entre o papel da PM, que faz o trabalho ostensivo, e a Polícia Civil que faz o papel da polícia judiciária. “Em todo lugar, quem inicia a ocorrência vai até a sua formalização. Aqui, a PM faz as ações de combate ao crime, onde tem mais vítimas nesse processo, e a Polícia Civil faz o trabalho menos arriscado, de botar tudo no papel”, analisou.

E a PM reclama que os militares têm remuneração bem abaixo da Civil. O que eles consideram injusto, porque o governo deve reconhecer a importância e o papel da PM. “Nós que vamos para a linha de frente do combate ao crime não temos adicional por risco de vida. A Polícia Civil tem”, acrescentou Carlos Pinho.

“Não tomamos conhecimento de nenhum policial civil, policial federal, policial rodoviário federal morto no cumprimento do ofício. Só estamos querendo o reconhecimento do Governo. O Civil recebe o suspeito depois que está contido, desarmado e recebe muito mais que o militar por isso. Queremos uma remuneração justa pela importância que a PM tem. Pela envergadura da corporação”, finalizou o presidente da Associação dos Oficiais da PM.

Militares aguardam posicionamento do Governo sobre reajuste hoje

Os policiais militares e bombeiros reclamam que estão há mais de 21 meses sem reajuste salarial. Segundo eles, isso está contribuindo para uma crise na segurança pública.

O vereador R. Silva (PP) afirmou que sempre houve uma disparidade salarial entre policiais civis comparado aos policiais e bombeiros militares, acentuado ainda mais no governo atual, gerando descontentamento da categoria.

Os representantes das categorias militares apresentaram uma proposta de reajuste salarial ao Governo do Estado onde equiparam os salários de PM com a Polícia Civil. O assunto tem sido discutido em mesas de negociações.

Hoje (20), os policiais aguardam um posicionamento da equipe econômica do Estado sobre a proposta encaminhada. “Queremos ser reconhecidos e valorizados”, acrescentou o parlamentar, que é um dos mediadores nas negociações entre o Governo do Estado e a PM-PI.

Capital Teresina

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