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ENTRETENIMENTO

Grupo que teria atacado Taís Araújo na web seria o mesmo do caso Maju

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Taís Araújo foi alvo de comentários racistas no Facebook na noite do sábado, 3, em uma foto publicada na rede social. Desde então, a foto passou a receber comentários preconceituosos de diferentes perfis. O caso ganhou notoriedade nacional e até mesmo internacional e foi denunciado pela atriz, que esteve na quarta, 4, na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) , prestando depoimento.

O EGO teve acesso às postagens do grupo ‘QLC The Return’, que seria responsável por orquestrar o ataque contra Taís na web. Lá, vários usuários comentaram a repercussão do caso e comemoraram o fato de não serem pegos pela Polícia Federal. Alguns perfis – que já são falsos – criaram outros fakes denunciando pessoas que não tinham a ver com o caso, para que a polícia se confundisse.

O grupo teria começado a organizar o ataque na noite de 3 de outubro. Um dos perfis escreveu: “Prepara os fakes que vamos zoar uma criola (sic) famosa”. Logo depois, um outro usuário incita os participantes do grupo a ofender Taís Araújo e curtir os comentários polêmicos. “Comenta xingando essa macaca, quem não laikar (curtir) os comentários lá vai tomar ban (ser banido)”, escreveu após compartilhar a foto que recebeu os comentários racistas.

De acordo com uma fonte do EGO, a maioria dos perfis é criado por adolescentes entre 15 e 20 anos, de classe média. Em uma das postagens, um usuário disse estar com medo de ser pego pela Polícia Federal por conta da repercussão. Logo depois, outro internauta ironizou: “Ainda bem que criança não vai para a cadeia”. Os administradores do grupo disseram ainda em outras postagens que o grupo já estava sendo investigado pela PF. Para despistar, eles criaram um grupo reserva, caso o atual fosse excluído da rede social. “Esse grupo não passa de hoje, quem quiser adiciona o reserva. Solicitem entrar nele, exceto os negros, policiais, juízes, embargadores,oficiais de justiça, esses não precisam entrar”, escreveu um dos administradores.”

‘Estamos famosos’

Felizes com a ação que repercutiu na imprensa do Brasil e do mundo, os participantes do grupo ‘QLC (sigla para Que loucura cara) The Return’, também se vangloriaram por outro ataque. Segundo eles, foram os mesmos que lotaram as redes sociais da jornalista Maria Júlia Coutinho, a Maju, de injúrias raciais, em julho deste ano. Para os usuários que estavam com medo de serem pegos pelo ataque a Taís Araújo, os administradores relembravam o ‘sucesso’ no caso Maju. “Isso não dá nada, se desse nós estava (sic) preso faz tempo já, pelo ataque da Maju”, escreveram. ‘Estamos famosos’, comentou um dos administradores do grupo após ver uma matéria internacional sobre o caso Taís

Com medo, alguns integrantes deixaram o grupo desde que a Polícia Federal disse que um inquérito havia sido instaurado para investigar o caso.

Além de Taís e Maju, o grupo ‘QLC, the return’, também seria responsável pelo ataque racista e homofóbico a outros perfis aleatórios escolhidos por eles nas redes sociais. As vítimas, na maioria das vezes, são gays e negros, como o caso da adolescente Maria das Dores Martins, de 20 anos, que sofreu ataques após postar foto ao lado do namorado branco. “Estamos no Encontro com Fátima”, escreveram, após a jovem relatar o ocorrido no programa matinal da  Globo.

Polícia suspeita de quadrilha

A polícia ainda não confirma nenhum suspeito. Em entrevista na tarde desta quarta, 4, porém, o delegado Alessandro Thiers disse ao EGO que já desconfiava de um grupo orquestrado: “Estamos suspeitando também de uma possível formação de quadrilha. Há possibilidade de haver uma quadrilha organizada para a prática desses crimes de preconceito. Ou seja, difundindo ódio pela internet. E a Polícia Civil não vai admitir isso”.

Entenda o caso

A página de Taís Araújo no Facebook foi alvo de diversos comentários racistas na noite de sábado, 31, e indignou a atriz.  Entre os posts abusivos havia comentários como: “Já voltou da senzala?”, “Cabelo de bombril”, “Cabelo de esfregão” e “Quem postou a foto desse gorila”. No Twitter, a hashtag #SomosTodosTaísAraújo, em defesa da artista, virou trending topic também na manhã do domingo – assim como aconteceu em julho com a jornalista Maria Júlia Coutinho, que também foi vítima de ofensas racistas. “Agradeço aos milhares que vieram dar apoio, denunciaram comigo esses perfis e mostraram ao mundo que qualquer forma de preconceito é cafona e criminosa. E quero que esse episódio sirva de exemplo: sempre que você encontrar qualquer forma de discriminação, denuncie”, escreveu Taís.

‘Ainda bem que sou criança’, comemora internauta
(Foto: Facebook / Reprodução)

Fonte: EGO

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