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ENTRETENIMENTO

Mãe e avó, Cláudia Pires, sócia da “Beth Cuscuz”, disputa Miss Bumbum pelo Piauí

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Muro alto, portão branco. Entramos e somos convidados a sentar. “Fiquem aqui no friozinho”, brinca o senhor que sugere a gentileza – o local é fechado. Cadeiras e mesas bem alinhadas e organizadas, duas poltronas de lado. Ali nos acomodamos. Alguns minutos de espera. Alguém sempre por perto.

De um lado, luzes apagadas, calmaria. Do outro, o clarão vindo da porta, pessoas circulavam. Era quase seis da tarde, o movimento na casa de shows “Cláudia Pires by Beth Cuscuz”, uma das mais famosas do Piauí no ramo do entretenimento adulto, começaria dali a algumas horas. Moças bonitas passam pela área aberta. Mais alguns minutos e nossa anfitriã surge no corredor.

Cabelo preto, grande, aparência de bem cuidado. Roupa justa, caminhar cauteloso. Sorriso no rosto. “Tudo bom com vocês?”, diz Cláudia, quando se aproxima. O sotaque é diferente. O compasso da fala é tão alinhado quanto sua postura ao sentar. A candidata piauiense a Miss Bumbum Brasil 2015 mostra comportamento exemplar.

Duas ou três palavras trocadas antes de começar a entrevista. Ela explica que não está muito bem. A mudança de clima entre São Paulo e Teresina causou um leve mal-estar. Casada, mãe e avó, a goiana Claudia Pires representará o Piauí no concurso que ganhou repercussão voraz após a segunda colocada, a hoje evangélica Andressa Urach.

Confira a entrevista:

O Olho – Como você chegou até o concurso?

Cláudia Pires – Uma amiga que ia participar me convidou. O dono do concurso, que é meu amigo também, me ligou e perguntou se eu tinha interesse. Eu falei: “Mas eu já tenho 38 [anos]”, daí ele disse que não tinha problema. Paguei a inscrição e deu certo participar, como todas as meninas.

No começo, quando fizeram o convite, eu não queria muito, porque tinha que ir a São Paulo, se deslocar daqui. Mas acabou que tinha algumas coisas para resolver lá e já fiz as duas. Mas se não tivesse que ir para resolver as outras coisas, não teria entrado.

Cláudia Pires / Foto de arquivo pessoal

O Olho – Você, por ser empresária, tem um perfil diferente das candidatas que geralmente concorrem no concurso – na grande maioria modelos, atrizes – o que espera com a participação?

Cláudia – Espero chegar à final, como todas as concorrentes. (Diz e ri, levemente). Espero trazer a faixa para o Piauí, seja de vencedora, de segundo lugar ou de terceiro, o importante é estar entre as três. E essa questão de perfil diferente, acho que era o que ele buscava.

O Olho – Qual a avaliação que você faz das suas concorrentes, tendo em vista que pessoas têm dado as candidatas de Santa Catarina e do Distrito Federal como favoritas?

Cláudia – Todas têm potencial. Isso é um júri fechado. Dia três [de agosto] é a votação pela internet para eleger as 15 [finalistas], que são as mais votadas. Elas vão participar de um desfile em São Paulo e daí vão escolher as três melhores. Está muito cedo para dizer quem é favorita e quem não é, porque é possível algumas que nem estão sendo citadas, irem para a final.

O Olho – Qual a visão da família sobre a participação?

Cláudia – Meu esposo ficou meio assim… mas expliquei que é tudo muito light. No estúdio não pode nem levar acompanhante. Como ele viu que era uma coisa mais séria, relaxou.

O Olho – A grande repercussão do concurso pode ajudar nos negócios da sua casa de shows?

Cláudia – Não sei se ajuda. Isso foi inesperado. Eu quase nem venho na boate à noite, faço mais a parte de administração durante o dia. Então eu não sou uma pessoa muito conhecida aqui, porque o nome da boate mesmo é Beth [Cuscuz]. Não esperava que ia sair assim, que eu era dona da boate. Não era essa a intenção, mas aconteceu.

O Olho – A crise no Brasil, hoje, afeta essa ramo, afeta a sua casa de shows? Ou não, esse é um ramo que sempre consegue se manter por conta da cultura brasileira ser “festeira”?

Cláudia – Acho mesmo que o brasileiro é bem festeiro, não viu aí essa polêmica do aniversário de um milhão e meio?! Afetou um pouco sim, mas não o quanto acredito que deveria. Acho que está certo. Está em crise vai fazer o quê? Ficar deprimido? Enfiado no quarto? Tem que sair para se divertir. (O riso durante pausas na resposta é mais espontâneo).

O Olho – Você falou que administra a boate. Você tem alguma formação acadêmica?

Cláudia – Fiz cinco períodos de Direito. Eu quero até continuar. Estou com o projeto de no próximo ano começar a estudar, tentar recuperar alguma coisa que já fiz, porque é uma área que me identifico e gosto. Só que tive alguns problemas quando eu estava estudando, no Rio [de Janeiro] e tive que me mudar e trancar.

Cláudia Pires / Foto de arquivo pessoal

O Olho – O que você gosta de fazer nos momentos livres, só seus?

Cláudia – Não tenho momento só meu. A família é grande, eu estou sempre com alguém. (A frase é dita seguida de uma risada, não mais contida). É engraçado, é incrível.

O Olho – E o que gosta de fazer com eles para se divertir?

Cláudia – Eu não gosto de balada. Gosto de sair para pescar, de ir para algum clube, porque aqui é muito quente. Quero fazer uma pescaria, agora. Na minha terra é muito mais fácil, aqui parece que não tem muito. Gosto dessas coisas mais tranquilas.

O Olho – Chegou ao Piauí de que forma?

Cláudia – Cheguei em 2011, para fazer shows. A dona Beth me fez a proposta, eu achei que seria uma boa, porque já não estava mais querendo trabalhar assim, e deu tudo certo.

O Olho – Qual o recado que você deixa para que os piauienses votem em você?

Cláudia – Queria pedir ao pessoal do Piauí que votassem em mim. Como eu resolvi representar o estado – claro, há muitas críticas, mas eu já não me importo –  quero chegar lá, então preciso muito do voto do pessoal daqui.

 

O Olho

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