GERAL
Amigo de jovem desaparecido no Acre é preso por omitir informação
Published
7 anos agoon
A Polícia Civil do Acre encontrou móveis do estudante de psicologia Bruno Borges, desaparecido desde 27 de março, e prendeu um amigo dele, Marcelo Ferreira, de 25 anos, por falso testemunho.
Antes de sumir, Bruno deixou no seu quarto apenas uma estátua de 2 metros, mensagens nas paredes e 14 livros criptografados. A polícia descobriu agora que os móveis – um rack e uma cama – estavam na casa de Mário Gaiote, outro amigo de Bruno.
O delegado Alcino Júnior afirmou que cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa de Marcelo Ferreira. Lá, encontrou contratos deixados por Bruno destinando parte da venda dos livros para Ferreira, Gaiote e um primo de Bruno, Eduardo Borges. Por ter omitido essa informação em depoimento anterior, o delegado decidiu prender Ferreira e interrogá-lo. Ele pode ser solto após prestar esclarecimentos.
“Ele [Marcelo Ferreira] mentiu e omitiu informações na primeira vez que foi ouvido a respeito do caso do desaparecimento do Bruno. Inclusive, ele foi responsável por retirar a cama e o rack do quarto do Bruno. Ele foi conduzido até a delegacia para ser ouvido novamente, mas, no momento, ele está preso”, disse Alcino Júnior.
Com Ferreira, a polícia também encontrou uma porção de maconha. Por essa infração, ele terá que assinar um termo circunstanciado de ocorrência.
O delegado afirmou que o objetivo dos mandados judiciais era identificar indícios da localização de Bruno e também documentos que pudessem provar que o desaparecimento foi um plano bolado pelo estudante.
“No dia que o Bruno some, ele foi no cartório e registra o contrato. Então, para nós fica muito contundente que não foi um desaparecimento qualquer, na verdade, foi um plano consciente de afastamento, e o contrato mostra que há prazo para divulgação desses livros, prazo para publicação, destinação de porcentagem para quem o ajudou, no caso, essas três pessoas que o ajudaram de imediato. Para nós, está muito claro isso”, disse Alcino Júnior.
Segundo o delegado, os contratos garantiam cerca de 15% do dinheiro da venda e publicação dos livros para Marcelo Ferreira, outros 15% para Eduardo Borges e 5% para Márcio Gaiote.
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