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Após fim da greve, sindicato denuncia perseguição a agentes penitenciários no Piauí

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A greve dos agentes penitenciários do Piauí teve fim na última terça-feira (26/09) e durou 16 dias. Após a suspensão da greve, os agentes alegam que têm sofrido assédio moral e retaliações por parte da Secretaria de Justiça do Piauí (Sejus-PI). O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), José Roberto, disse com exclusividade ao OitoMeia, que estão sendo feitas diversas transferências de agentes penitenciários sem um motivo plausível.

“Para nós, o movimento grevista acabou, mas para o secretário de Justiça, Daniel Oliveira não. Desde o fim da greve até hoje (sexta) nós já recebemos umas dez notificações de agentes sendo transferidos sem um motivo plausível para essa transferência”, falou em entrevista.

José Roberto disse ainda que no 16° dia de greve o secretário de Justiça Daniel Oliveira teria dito que não confia nos agentes. “Ele foi enfático em dizer que não confia nos agentes penitenciários e a pergunta que nós fazemos é: se ele não confia em nenhum agente porque ele está na pasta da secretaria de Justiça?”, enfatizou.

GRAMPOS NOS TELEFONES

O presidente do Sinpoljuspi disse ainda que cargos na gerência da Secretaria de Justiça na Diretoria de Administração Penitenciária (DUAP) estão sendo ocupados por outros setores quando, segundo ele, deveriam ser ocupados pelos agentes penitenciários. José Roberto acrescentou que dados obtidos dos agentes seriam para colocar grampos nos telefones dos servidores.

“Eu afirmo que a finalidade dessa obtenção de dados dos agentes no mínimo não é lícita. Isso aí é para colocar grampo nos telefones dos nossos agentes e colocar grampo não é legal, é crime”, frisou.

A reportagem entrou em contato com a secretaria de Justiça através da assessoria que ficou de dar uma resposta para as denúncias.

A GREVE

Os agentes penitenciários deflagraram greve na manhã de segunda-feira (11/09) em todo o estado do Piauí. De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sinpoljuspi), José Roberto os funcionários não têm a mínima condição de trabalhar.

Entre as reivindicação, o presidente do Sinpoljuspi alegou na época o reajuste salarial. “O último foi apenas em 2013 que fizemos uma outra greve e conseguimos, e recebemos  parcelado. A última parcela foi só foi paga em novembro do ano passado. Não pararemos o movimento enquanto o governo do Estado não nos atender”, disse o presidente José Roberto em entrevista ao OitoMeia.

ATIVIDADES SUSPENSAS DURANTE A GREVE

Por conta da greve algumas atividades foram suspensas como o atendimento a advogado, condução de presos para audiência, recebimento de novos presos e atendimento à visita de familiares.

Na quinta-feira (14/09), a Secretaria de Justiça emitiu ordem administrativa a todos os gerentes de presídios para fins de cumprimento da decisão do Tribunal de Justiça do Piauí, que determinou a retomada dos serviços essenciais nas unidades prisionais, como recebimento de presos, visitas de familiares, advogados, servidores e outras pessoas ligadas ao sistema penitenciário e de justiça.

OUTRO LADO

Procurada pela reportagem do OitoMeia, a Sejus preferiu não comentar sobre as acusações feitas pelos agentes penitenciários.

Fonte: Oito Meia

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