GERAL
Aves contaminadas pela Febre do Nilo preocupam Ministério da Saúde
Published
10 anos agoon
O Ministério da Saúde (MS) planeja montar uma estratégia de vigilância e investigação em humanos e animais na cidade de Aroeiras do Itaim, município localizado a 332 km de Teresina, onde foram detectados três casos prováveis de aves contaminadas pelo vírus da Febre do Nilo Ocidental, e um caso humano. A ideia é isolar o vírus e evitar que novos casos tornem a surgir.
A preocupação do MS na realização da estratégia está no risco iminente de novas contaminações. “O fato de existir aves contaminadas preocupa, por isso o Ministério da Saúde pretende realizar uma abordagem prospectiva de novos casos em todo o estado. O resultado do exame das aves nos surpreendeu, mas ainda não é uma situação de emergência”, disse o neurologista e epidemiologista da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Marcelo Vieira.
O resultado parcial realizado em amostras sanguíneas de 18 aves confirmou que três delas estão contaminadas com o vírus do Oeste do Nilo. Mas para que os casos sejam comprovados o Instituto Evandro Chagas, responsável pelas análises, realizará um segundo exame. “O risco de novas contaminações acontecer é possível”, alerta.
Para discutir os casos e montar o plano estratégico, o Ministério da Saúde já entrou em contato com a FMS acertando uma reunião entre os dois órgãos, Sesapi e Instituto Evandro Chagas para uma vídeo conferência que poderá acontecer ainda neste fim de semana. Mas a operacionalização do plano de vigilância e investigação vai depender da reunião entre o MS e os outros órgãos de saúde envolvidos.
Entenda o caso
A possibilidade da existência do vírus da Febre do Nilo Ocidental no Piauí surgiu a partir de um trabalho realizado pelo município de Teresina através do Plano de Monitoramento de Encefalites. Com o Plano, pode se detectar o caso do agricultor de Aroeiras do Itaim, que deu entrada no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella em agosto desse ano, com quadro de meningoencefalite febril acompanhada por paralisia flácida e hoje se encontra em reabilitação.
O exame confirmatório do paciente se encontra em análise no Instituto Evandro Chagas e ainda não foi divulgado. Os resultados definitivos devem ser liberados nas próximas duas semanas.
Segundo Marcelo, a doença não é transmitida de pessoa para pessoa, nem pelo consumo ou contato com aves contaminadas. “Os cuidados que se deve ter são parecidos com os da dengue. É preciso controlar a proliferação do mosquito. A transmissão ocorre com a picada do mosquito em um animal infectado e logo depois picar um indivíduo”, disse Marcelo.
Os casos foram detectados a partir de um trabalho realizado pelo município de Teresina através do Plano de Monitoramento de Encefalites, que será ampliado para todo o estado e posteriormente servirá de modelo para outros estados.
Fonte: G1
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