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Concurso da Polícia Civil só deve reduzir 10% do déficit de policiais do Piauí

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Secretaria de Segurança do Piauí anunciou na ultima terça-feira (4) um concurso para a contratação de novos policiais civis, peritos e escrivães. Mas de acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (SINPOLPI) Constantino Júnior, as 190 vagas ofertadas não é suficiente para garantir proteção da sociedade.

“O que nós temos atualmente é um número significativo de policiais civis que já completaram ou estão na eminência de completar o tempo de contribuição para aposentadoria. Com o advento da PEC 287 que é a reforma da previdência, muitos policiais querem se aposentar e nós temos um efetivo muito pequeno”, disse acrescentando que atualmente são torno de 1550 funcionários entre agentes, escrivães, peritos e delegados. Constantino Júnior considerou o número insuficiente para as unidades de Polícia Civil do Estado.

Ainda de acordo com o presidente do SINPOLPI, há uma lei estadual que trata do efetivo da Polícia Civil, atualmente não cumprida. “Essa lei, que é a Complementar 129 de 2009, prevê um efetivo na Polícia Civil de 3475 cargos. Atualmente nem a metade desses cargos o governo do Estado conseguiu preencher”, alertou.

De acordo com dados do próprio governo, 150 dos 224 municípios piauienses não tem um único policial civil atuando. Os números do Anuário Brasileiro de Segurança Pública reforçam essa deficiência, informando que o Piauí precisaria atualmente de um reforço de cerca de 1900 policiais civis.

Secretário defende concurso

De acordo com o secretário de segurança Fábio Abreu, para intensificar o combate à violência é preciso atuar em duas frentes. “O objetivo do concurso é exatamente de termos policiais civis e peritos a mais no nosso efetivo. Tanto que além desse concurso, nós propusemos ao governador que editasse um decreto, aos modos do que existe na Polícia Militar em que o policial que se aposenta possa retornar para ativa e cumprir suas funções normalmente”, disse.

O advogado Ademar Bastos, diz que o aparelho de segurança estatal deve ser pensado como um todo. A Polícia é apenas um dos componentes. “Nós temos uma violência multifatorial. São vários fatores que se contribui para isso e não se combate criminalidade tão somente com polícia. A polícia obviamente em um papel importante e fundamental nesse processo, mas há muitos outros fatores que devem ser avaliados pelo estado, combatidos pelo estado para que se possa garantir realmente ao cidadão a sua integridade física”, afirmou.

Fonte: G1 Piauí

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