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Operários paralisam obra da Transnordestina por falta pagamento

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O trecho da ferrovia Trans-nordestina no Piauí está parado porque parte dos operários está sem receber os pagamentos há dois meses e muitos foram demitidos pelas empresas terceirizadas. A informação é do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção de Estradas e Obras de Terraplanagem em Geral do Estado (Sintepav-PI), que pediu o bloqueio das contas da Transnordestina e está ingressando com ação na Justiça do Trabalho contra a empresa.

Na ação, o sindicato diz que 70 operários foram demitidos por duas empresas contratadas para executar serviços da obra, com dois meses de salários em atraso e sem receber os valores referente à rescisão contratual. A denúncia foi feita pelo diretor do Sintepav-Pi, Edvar Feitosa, que acionou o Ministério Público do Trabalho, em Picos, e mobilizou a assessoria jurídica para ingressar com a ação na Justiça do Trabalho. Segundo Edvar Feitosa, os valores pendentes para o pagamento dos salários em atraso e os direitos trabalhistas dos trabalhadores são em torno de R$ 1 milhão.

“Existem diversas pendências com as duas empresas. O trecho de Itaueira está parado há 20 dias, porque não estavam pagando os salários”, comentou Edvar Feitosa.

“Nós pedimos providências ao Ministério Público de Picos, mas o processo é lento. Estamos pedindo o bloqueio das contas da Transnordestina e da CivilPort para garantir os pagamentos. Estamos ingressando com a ação pedindo medida cautelar para a Justiça do Trabalho”, disse o sindicalista.

Maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Piauí, a ferrovia Transnordestina foi visitada pela presidente Dilma no dia 11 de setembro. Começou a ser construída em 2006, no governo do ex-presidente Lula, com previsão de entrega para 2010, mas já atrasou em mais de 5 anos. O projeto prevê 1.753 quilômetros de ferrovia ligando Ceará e Pernambuco, passando por 19 municípios do sul do Piauí, num total de 423 quilômetros.

Na época da visita da presidente, o Governo informou que 50% do trecho no Piauí estava concluído. Nas contas do sindicato dos trabalhadores, apenas 20% do trecho no Piauí foi executado, sendo que ainda tem muitas pendências, inclusive licenciamento ambiental e destrato de contratos que tinham sido firmados anteriormente. Os problemas foram evidenciados duas semanas depois da visita da presidente Dilma ao canteiro de obras. Segundo o sindicato, apenas no trecho visitado pela presidente o cronograma de obras segue corretamente.

 

 

Diário do Povo

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