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Relatório apresentado no MPE aponta 47 matadouros irregulares no Piauí

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Após três meses de vistorias em 75 cidades do Piauí, o Ministério Público apresentou nesta segunda-feira (1º) o relatório que aponta os matadouros irregulares no Piauí. Segundo a promotora Denise Aguiar, dos 48 abatedouros fiscalizados, apenas um estava com condição adequada e serviço de inspeção funcionando.

“As visitas foram realizadas de agosto a outubro deste ano pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária, Agência de Defesa Agropecuária e Secretaria de Saúde do Piauí. Todos os laudos resultaram num relatório que foi apresentado nesta audiência aos promotores de cada comarca analisada. Eles derão a responsabilidade de repassar o resultado da inspeção para os prefeitos”, explicou.

Para a promotora, as vistorias foram fundamentais para se ter um conhecimento da realidade de cada município e através disso discutir a necessidade da construção de novos matadouros pela Secretaria de Cidades. “Na maioria destes locais, a licença ambiental estava vencida ou simplesmente não existia, assim como a ausência do serviço de inspeção por um  profissional autorizado. Inclusive em alguns a carne abatida não tinha a menor higiene e no mesmo lugar havia outros animais convivendo, como gatos e cachorros”, contou.

Diretor da Adapi fala sobre os problemas em
matadouros do Piauí (Foto: Catarina Costa/G1)

De acordo com o diretor técnico da Agência de Defesa Agropecuária (Adapi), Idílio Moura, nenhum matadouro do Piauí segue as normas da Agência de Vigilância Sanitária e a responsabilidade disso é do município. “O nosso órgão ficou responsável por 40 cidades e apenas a de Piracuruca tinha uma estrutura melhor, por isso não ficou como irregular. Entre os principais problemas apontados está o destino correto dos dejetos, que não acontece e pode causar risco à saúde”, destacou Idílio.

Apesar das irregularidades, a promotora Denise Aguiar pontuou que não haverá interdição destes pontos, pois o abastecimento de carne nestes municípios ficaria prejudicado. “Vamos discutir com a área de saúde um plano de estratégico para estes matadouros”, disse.

 

G1

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