Paulistana

Prefeito de Paulistana paga acima do piso do professor

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Enquanto a grande maioria dos prefeitos piauienses afirmam não ter condições de pagar o piso salarial dos professores, uma dezena de prefeituras do estado não vê problemas em pagar o vencimento nacional do magistério. O prefeito de Paulistana, Gilberto José de Melo, o Didiu (PSB), afirmou ontem que paga 30% acima do piso nacional do magistério e mais bonificação para os professores do município. Corrente, Água Branca e União também pagam o piso nacional.

A maioria dos prefeitos, segundo a APPM, não tem como pagar o piso salarial dos professores que passou de R$ 1.917,78 para R$ 2.135,64. Anteontem, o presidente da Associação Piauiense de Municípios (APPM), Arinaldo Leal, informou que as entidades municipalistas do país vão entrar com ação contra União para que o governo federal repasse ajuda financeira aos municípios para pagarem o novo piso nacional do magistério.

O prefeito de Paulistana, Didiu, disse ontem que o segredo para administrar os municípios é planejamento e gestão. “O município de Paulistana está conseguindo pagar tudo o que os servidores têm direito. O piso dos professores é diferente, porque pagamos o piso e mais de 95% dos professores recebem acima do piso. Quem tem curso superior recebe 30% a mais e uma bonificação de R$ 200,00. Quem tem pos-graduação recebe 40% acima do piso e mais uma gratificação de R$ 200,00. E estamos controlados e pagando em dia”, adiantou Didiu, durante visita à redação do jornal Diário do Povo.

Ele afirmou que atualmente está antecipando o pagamento dos servidores do município. O prefeito não soube precisar quanto o município gasta só com a educação. Com coeficiente 1.2, Paulistana recebe pouco mais de R$ 1 milhão por mês de Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O prefeito disse que sentiu a crise, mas não afetou a administração, por causa do planejamento. “Não vamos ter dificuldades para pagar os salários. O segredo é planejar. Fizemos isso desde o inicio da gestão. Tenho 40 anos administrando os negócios, e temos colocado a experiência da iniciativa privada na administração pública. O planejamento é o segredo para ter êxito”, informou o prefeito, dando a formula para o seu sucesso.

A Prefeitura de Paulistana tem pouco mais de mil funcionários e uma folha de pagamento em torno de R$ 1,6 milhão. Ele disse que os valores do FPM variam, mas reclamou que nos últimos dois anos, a Prefeitura de Paulistana perdeu cerca de 30% no repasse da primeira cota de janeiro, que cai no dia 10, em relação ao mesmo período de 2014. “Naquele ano recebemos R$ 546 mil e este ano foi repassado R$ 402 mil”, lamentou.

Em Corrente, o prefeito Jesualdo Cavalcante (PTB) informou que paga o piso definido pelo Ministério da Educação desde janeiro de 2015. O salário total do quadro de professores gira em torno de R$ 1,2 milhão, mas o repasse para o magistério chega ao máximo a R$ 800 mil, sendo que a prefeitura é obrigada a complementar com os R$ 400 mil restantes, todos os meses, para cumprir com a folha de pagamento. São 305 professores efetivos e cinco substitutos. O valor repassado pelo FNDE é totalmente destinado ao pagamento da folha, embora não seja esse o objetivo único da receita.

 

Diário do Povo

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