![Ambulância foi flagrada com ferrolho de porta na fechadura (Foto: Catarina Costa/G1 PI) Ambulância foi flagrada com ferrolho de porta na fechadura (Foto: Catarina Costa/G1 PI)](http://s2.glbimg.com/mqfIEHwoVkAx-tUeZWiQItOL3o4=/620x465/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2016/04/11/img_0094.jpg)
POLÍCIA
PRF flagra ambulância com porta sem trava de segurança e DPVAT atrasado
Published
8 anos agoon
Policiais rodoviários federais apreenderam na segunda-feira (11) uma ambulância de Nova Santa Rita, a 444 km de Teresina, com a porta sem a trava de segurança, que estava improvisada com ferrolhos comumente usados em janelas residenciais. Além disso, os agentes descobriram após verificar no sistema do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), que o veículo tinha dois anos de seguro DPVAT em atraso e três multas por excesso de velocidade.
De acordo com o inspetor Tony Carlos, o improviso na fechadura da ambulância põe em risco a vida dos passageiros, que em caso de tombamento ou incêndio não teriam como sair do veículo. Ele também apontou como outro agravante a falta de curso especializado para transporte de emergência, que não constava na carteira do motorista.
![Motorista alegou não ter percebido atraso na documentação de ambulância (Foto: Catarina Costa/G1 PI) Motorista alegou não ter percebido atraso na documentação de ambulância (Foto: Catarina Costa/G1 PI)](http://s2.glbimg.com/THwu2ilmLWNL5ZVYm5Nd8qBPLTY=/300x225/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2016/04/11/img_0090.jpg)
de ambulância (Foto: Catarina Costa/G1 PI)
“Sabemos que a maioria dos condutores das ambulâncias dirige à noite, com jornada de serviço excessiva e não respeita a velocidade da via, provocando assim acidentes. No caso da ambulância caso de Nova Santa Rita, uma das multas refere-se ao excesso de velocidade, 50% acima da permitida, ou seja, o motorista andava a 120 km/h”, destacou.
O motorista Antônio Alves alegou não ter percebido a documentação atrasada da ambulância, além da ausência do registro do curso especializado na sua carteira de habilitação.
“Eu tenho o curso especializado para dirigir ambulância, mas renovei recentemente a habilitação e não percebi que esqueceram de registrar isso na carteira. Já comuniquei à Secretaria Municipal e ela ficou de resolver o problema da regularização do veículo com o governo do estado”, comentou.
A ambulância retida levava uma paciente em tratamento contra o câncer para receber medicação que estava em falta em Nova Santa Rita. Antes de recolher a veículo, o inspetor autorizou o motorista deixar a passageira na Casa de Apoio e retornar ao posto para autuação.
Outros relatos
Na semana passada, a técnica de enfermagem Darcilene dos Santos e Silva, não conseguiu abrir a porta do veículo quando ocorreu uma explosão no radiador, porque a fechadura estava quebrada. “A gente estava vindo trazer uma paciente para o hospital de Floriano, uma gestante, quando estávamos a uns 80 km do hospital o radiador explodiu. Aí o motorista correu pra abrir a frente e eu corri pra abrir a porta do fundo, mas não consegui”, contou.
Durante a fiscalização, os agentes rodoviários identificaram ainda que a ambulância de Sebastião Barros, por exemplo, estava com o licenciamento de 2014 e 2015 vencido. Uma ambulância da cidade de Germiniano também ficou apreendida por estar com a documentação sem pagamento e o motorista não possuía curso de condução de veículo de emergência.
![Ambulância foi flagrada com ferrolho de porta na fechadura (Foto: Catarina Costa/G1 PI) Ambulância foi flagrada com ferrolho de porta na fechadura (Foto: Catarina Costa/G1 PI)](http://s2.glbimg.com/mqfIEHwoVkAx-tUeZWiQItOL3o4=/620x465/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2016/04/11/img_0094.jpg)
Operação
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) vem intensificado há cinco dias as fiscalizações em ambulâncias municipais, após representação do Sindicato dos Condutores de Veículos de Emergência denunciando as irregularidades e também depois de um acidente que ocorreu em março e acabou matando três pessoas.
“Nosso objetivo não é tirar as ambulâncias de circulação, até porque muitas cidades têm só este veículo para atendimento. O problema é que elas não deveriam fazer este tipo de transporte para a capital, porque não são adequadas para isto, mas sim o Samu ou as ambulâncias dos hospitais estaduais que têm todo o equipamento de segurança”, explicou o inspetor.
Durante cinco dias de operação, 20 ambulâncias foram retidas porque estavam com a documentação atrasada, motoristas sem curso para transporte de emergência e acúmulo de multas. Segundo o inspetor Tony Carlos, a maioria dos veículos não transportava pacientes, mas pessoas que vinham para consultas, exames, aproveitava carona ou até mesmo transportava caixão.
G1
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