O governador Wellington Dias (PT) voltou nesta sexta-feira (4) a pedir a população para ajudar a erradicar o mosquito Aedes Aegypti. Para ele, é o “inimigo nº 1” neste momento de epidemia de microcefalia.
Transmitido pelo mesmo vetor da Dengue e Chikungunya, o mosquito Aedes aegypti, transmite o zika vírus, que estaria relacionado com a malformação de bebês.
Wellington Dias garantiu que o trabalho no Estado contra o mosquito está sendo feito em conjunto com o Ministério da Saúde.
“A prevenção é matar o mosquito. O nosso inimigo número um nesse instante é o mosquito Aedes Aegypti. Então, temos que trabalhar nos 224 municípios de forma bem forte”, disse Dias.
Os principais sintomas da Zika são febre intermitente, erupções na pele, coceira e dor muscular. Apesar das semelhanças, o zika vírus é muito menos agressivo que o vírus da dengue: não há registro de mortes relacionadas à doença. A evolução é benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente em um período de 3 até 7 dias.
Foto: Jorge Henrique Bastos
“Estamos trabalhando em primeiro lugar uma rede para cuidar das pessoas que foram picadas pelo Aedes aegypti e tiveram Zika e ampliar a rede para atender as gestantes e ao bebê para que haja um acompanhamento para uma assistência necessária”, ressaltou o governador.
Microcefalia
A microcefalia não é um agravo novo. Trata-se de uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 cm. Essa malformação congênita pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como substâncias químicas e agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.
Cerca de 90% das microcefalias estão associadas com retardo mental, exceto nas de origem familiar, que podem ter o desenvolvimento cognitivo normal. O tipo e o nível de gravidade da sequela vão variar caso a caso. Tratamentos realizados desde os primeiros anos melhoram o desenvolvimento e a qualidade de vida.
– Como é feito o diagnóstico?
Após o nascimento do recém-nascido, o primeiro exame físico é rotina nos berçários e deve ser feito em até 24 horas do nascimento. Este período é um dos principais momentos para se realizar busca ativa de possíveis anomalias congênitas. Por isso, é importante que os profissionais de saúde fiquem sensíveis para notificar os casos de microcefalia no registro da doença no Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc).