O Governo Federal anunciou que iria nomear todos os cargos federais nos estados até a segunda quinzena de agosto, no entanto, está havendo uma dança de cadeiras. Há nomeação e exonerações por critérios políticos. Um exemplo disso é a indicação feita pelo senador Elmano Ferrer (PTB) do engenheiro e professor Paulo de Tarso Cronemberg, da Universidade Federal do Piauí, para o DNIT-PI (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
No entanto, Elmano perdeu uma diretoria na Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), que era ocupada por Solon Braga. Na Chesf, o gerente regional de Operações no Piauí, Airton Feitosa, deixou o cargo e vai ser substituído por outro funcionário. O diretor João Henri-que de Araújo, da Superintendência de Operação e Contratos de Transmissão de Energia da Chesf em Recife, no Pernambuco, confirmou a saída de Airton do cargo.
O diretor de Irrigação da Codevasf, Solon Braga, foi indicado pelo senador do PTB, desde João Vicente Claudino e passou para Elmano. Ontem ele foi exonerado. Nem o presidente da Codevasf, Felipe Mendes, indicado pelo senador Ciro Nogueira (PP), conseguiu impedir a exoneração do piauiense Solon Braga. Elmano já tinha indicado o diretor do DNIT-PI, engenheiro Ribamar Bastos, que foi nomeado, mas exonerado antes de assumir a função. Agora, indicou o professor da UFPI, Paulo de Tarso Cronemberg, para a mesma função. Ele ainda não foi nomeado e nem empossado.
O restante das nomeações está causando alvoroço dentro da bancada e nos órgãos federais, onde os servidores querem evitar ao máximo a ingerência política. È o caso da Companhia de Pesquisa em Recursos Minerais (CPRM), cuja direção no Piauí deve ser ocupada por indicação do deputado federal Fábio Abreu (PTB).
No entanto, o indicado por ele encontrou resistência entre os funcionários do órgão. Fábio Abreu já indicou um irmão, Antônio Abreu Filho, para dirigir a Superintendência de Pesca no Piauí.
São 22 cargos federais no Piauí, sendo que as indicações foram divididas entre os parlamentares que apoiaram a reeleição da presidente Dilma Rousseff e o governador Wel-lington Dias. Desta lista estavam excluídos de fazer indicações os deputados Heráclito Fortes, Rodrigo Martins, Átila Lira e Júlio César. Estes cargos foram divididos entre os três senadores e seis deputados federais. A lista encaminhada à Casa Civil foi ainda na época em que o coordenador da bancada era o senador Ciro Nogueira (PP).
Hoje, a bancada é coordenada pelo senador Elmano Ferrer, mas a relação permaneceu a mesma.
Diário do Povo
