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Falta de exames dificulta diagnóstico da zika, dengue e chikungunya no Piauí

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A falta de kits de exames para detectar a dengue e a febre chikungunya nas unidades de saúde tem dificultado o diagnóstico das doenças em tempo hábil no Piauí. Com a situação, os pacientes que chegam ao hospital com a suspeita destas doenças são obrigados a fazer o exame sorológico comum, o qual leva alguns dias para disponibilizar o resultado.

“Estamos desde outubro de 2015 sem o teste rápido de dengue e chikungunya, por causa da demanda nacional. Com o teste nós conseguíamos ter um resultado em apenas seis horas e agora com a falta do kit o paciente espera até três dias para um diagnóstico. O governo já fez a licitação para a compra de novos exames, mas eles ainda não chegaram”, informou o diretor de Vigilância da Secretaria de Saúde do Piauí, Herlon Guimãres.

Outro problema é a ausência de um laboratório especializado para realização dos exames. De acordo com o diretor de vigilância, a única clínica do estado preparada para realizar os testes aguarda autorização do Ministério da Saúde, enquanto isso, o material coletado de zika vírus e microcefalia no Piauí é enviado para o Instituto Evandro Chagas, no Pará, e o paciente aguarda até seis meses por um resultado.

Herlon Guimãres falou sobre dificuldade em obter os diagnósticos (Foto: Catarina Costa/G1 PI)

Herlon Guimãres falou sobre dificuldade em obter os diagnósticos

“O exame utilizado para dengue e chikungunya tem dificuldade para diagnosticar a zika, já que ela só é possível ser detectada nos primeiros dias de sintoma da doença. É importante dizer que o teste rápido não é definitivo, pois ele é usado para que possamos atender a população de forma mais ágil e encaminhá-la logo para o Lacen [Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí] e assim analisar que tipo de vírus o paciente tem”, explicou.

Herlon espera que o desenvolvimento de um diagnóstico simultâneo da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya garanta maior agilidade para o diagnóstico, além de reduzir os custos e permitir a substituição de insumos estrangeiros por um produto nacional. O novo teste demora cerca de três horas para ficar pronto e ter a liberação do resultado.

“A maior dificuldade é que hoje não temos sorologia para identificar o vírus, o que temos é o PCR, onde paciente precisa está com a doença ativa. Porém o vírus dura pouco tempo no organismo e a nossa perspectiva está sendo apenas com os sintomas”, ressaltou.

Diagnóstico simultâneo
O novo Kit NAT, porém, funciona por PCR – detecção de segmentos de material genético do vírus – e só é capaz de detectar os patógenos durante o período de infecção viral, que dura apenas alguns dias.

Agora, para o diagnóstico simultâneo, o Kit NAT Discriminatório para dengue, zika e chikungunya permitirá realizar a identificação simultânea do material genético dos três vírus e, além de evitar a necessidade de testes separados, o Kit NAT também oferece uma combinação pronta de reagentes que vão acelerar a análise das amostras e a liberação dos resultados.

Kit NAT permitirá realizar a identificação simultânea do material genético dos três vírus (Foto: Fernanda Rouvenat / G1)
Kit NAT permitirá realizar a identificação simultânea do material genético dos três vírus (Foto: Fernanda Rouvenat / G1)

O diagnóstico do zika vírus, atualmente, é feito por técnicas moleculares, com uso da técnica de RT-PCR em Tempo Real, que identifica a presença do material genético do vírus na amostra. Para isso, são usados reagentes importados e, para descartar a presença dos vírus dengue e chikungunya, é necessário realizar cada exame separadamente.

A expectativa é que o teste esteja disponível ainda no primeiro semestre deste ano. “Já estamos com 18 dos 27 laboratórios centrais equipados para receber esse teste e agora em fevereiro a Fiocruz vai produzir esses testes”, destacou o ministro da Saúde, Marcelo Castro. A estimativa de custo para a realização do diagnóstico é de US$ 20 por teste.

 

 

Fonte: G1

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