Há algumas semanas, uma virose tem se espalhado pela região Nordeste do Brasil. Muito se tem especulado como a origem e a definição dela. Porém, nenhuma delas foi diagnosticada ainda. Por conta disso, o Ministério da Saúde (MS), por meio da Secretaria em Vigilância em Saúde, emitiu uma nota informativa voltada para os profissionais de saúde sobre as investigações que estão sendo realizadas sobre a síndrome exantemática (viroses) que estão assustando muitos.
Segundo a nota, ainda não é possível afirmar que os casos identificados sejam relacionados exclusivamente a um único agente etiológico, e, portanto, os profissionais devem ficar atentos para os sintomas na hora do diagnóstico sobre dengue, chikungunya e zika.
A investigação dos vírus vem sendo conduzida em colaboração entre Ministério da Saúde, Secretárias de Saúde dos Estados e municípios e outras instituições como o Instituto Evandro Chagas e Fundação Oswaldo Cruz. Em relação ao Zika Vírus, amostras enviadas por pesquisadores da Universidade Federal da Bahia estão sendo investigadas no Laboratório de Referência Nacional, que é o Evandro Chagas, em Belém do Pará.
Diante da confirmação, o Ministério da Saúde divulgará as ações cabíveis referentes às ações de vigilância apropriadas, incluindo-se aquelas de prevenção e controle da doença no país.
Apenas 18% dos casos de Zika vírus apresentam sinais ou sintomas da doença. A febre pelo Zika vírus é conhecida por apresentar evolução clínica benigna e autolimitada, o que potencialmente o diferencia da dengue.
Os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após três a sete dias da doença, e diferentemente do observado em uma parcela de casos de chikungunya, não se associa a formas crônicas. “O Aedes Aegypti é um dos principais vetores da doença e as medidas de prevenção e controle da doença são as mesmas adotadas para dengue e chikungunya, independente da confirmação ou não do Zika vírus”, afirma Marcelo Adriano Vieira, médico da diretoria de Vigilância em Saúde da Fundação Municipal de Saúde (FMS).
Paciente com o vírus que vem assustando muitos nordestinos
O médico destaca ainda a importância do reconhecimento dos sintomas para que seja feito um diagnóstico mais preciso sobre o tipo da virose que está acometendo o paciente. “Há uma grande semelhança entre os sintomas da dengue, chikungunya e zika, daí a importância dos profissionais o reconhecerem para que seja feito o diagnóstico preciso e o tratamento eficaz.”, enfatiza.