Piauí é o único Estado no País que fecha o ano com saldo positivo na geração de empregos

Neste final de ano o Piauí tem muito o que comemorar, afinal, o Estado foi o único da federação a apresentar saldo positivo de empregos em 2015. Em meio a crise nacional, o Piauí conseguiu se sobressair e conta com políticas públicas para a elevação dos índices.

Segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (TEM), os índices apontam o acréscimo de 755 postos (+0,25%) nos primeiros 11 meses de 2015.

No acumulado do ano, o Piauí lidera o ranking com o saldo positivo de 0,25%, seguido do Tocantins (-0,03%), Roraima (-0,10%) e Mato Grosso (-0,13).

O setor de Comércio e Serviços se destacaram positivamente, sendo as responsáveis pela desaceleração no ritmo de queda na geração de empregos formais, inclusive de todo o Brasil.

No comparativo município a município, Parnaíba, Campo Maior e São Raimundo Nonato foram os que mais apresentaram elevação no saldo.

Na tabela abaixo é possível perceber que no acumulado do Ano (Jan/15 a Nov/15), temos o Piaui com 113.716 admissões e 112.961 desligamentos, o que gerou um saldo positivo de 0,25% no ano de 2015.

O estoque de empregos corresponde ao total de vínculos empregatícios existentes no país. Portanto, esse número reflete a evolução do emprego ao longo dos meses. O dado confirma também o êxito da política de formalização de empregos implementada pelo Governo Federal nos últimos 12 anos.

Segundo o secretário de Fazenda do Estado do Piauí, Rafael Fonteles, isso demonstra que o Piauí é um dos estados menos afetados pela recessão econômica pela qual o Brasil passa e também que o Poder Público conseguiu deixar o Estado nos trilhos, sendo um importante indutor do desenvolvimento econômico.

Destacou ainda que o Estado fez o cumprimento de incentivo fiscais e de infra-estrutura para os setores de energia renovável, agroindústria, entre outros. E o destravamento de grandes obras. “ O Piauí foi o único estado do país que recebeu operação de crédito esse ano. Isso ajudou a elevar a infra-estrutura e consequentemente a aumentar a oferta de emprego” afirmou Rafael Fonteles.

Não só o Estado teve participação, mas as políticas municipais também cooperaram para um resultado positivo. De acordo com o secretário municipal de desenvolvimento econômico e turismo, Fábio Nery, o que mais transformou essa realidade foi uma política implantada pela prefeitura na atração de investimentos, principalmente no ramo do CallCenter. A Lei 4.410/2013 reduz os impostos que as empresas têm a pagar e concede áreas ou terrenos para que elas possam se instalar em Teresina.

“ A política de redução de impostos e doação de áreasatraiu para a cidade de Teresina três empresas, duas já estão instaladas, como a AlmaViva e Vikstar, que juntas produziram 12mil vagas de empregos diretos com carteira assinada. E a terceira empresa chamada TMKT, irá se instalar na zona norte a partir de janeiro de 2016 e deverá produzir em torno de 3 mil empregos. Então observando esses números, percebe-se que o CallCenter foi responsável por ter mantido a cidade nesse patamar e a nossa intenção é manter essa geração de emprego sempre em alta. ” destacou Fabio Nery.

Para Mayara Ferreira, operadora de telemarketing, a chegada do CallCenter mudou sua vida. “Já estava desempregada há anos e sem esperança, foi quando surgiu a oportunidade de ser operadora de telemarketing e isso mudou minha vida. Agora eu tenho um emprego com carteira assinada, posso pagar minhas contas e ajudar no sustento de casa. Foi a melhor coisa que já aconteceu!” disse Mayara a nossa reportagem.

Percebe-se, contudo, que manter uma atuação do poder público tanto no que se refere à definição de um regime fiscal próprio, linhas de crédito específicas e desburocratização para a instalação e funcionamento das empresas, é imprescindível para a continuação do crescimento político-econômico do Estado. E se as políticas públicas continuarem a voltar seus olhares para as soluções, a tendência é avançar sempre mais.