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Com duração de pouco mais de uma hora, chuva em Picos registra cerca de 30 milímetros

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Depois de vários dias com estiagem na região de Picos, a noite deste domingo, 07 de fevereiro, foi marcada por chuva que teve duração de pouco mais de sessenta minutos, considerável de forma intensa com trovoadas e relâmpagos.

De acordo com o climatologista, professor Werton Costa, em alguns pluviômetros particulares foi registrado volume entre 30 e 35 milímetros.

O Piauí atravessa um período negativo com chuvas abaixo da média em função das condições frias do Oceano Atlântico e da interferência de sistemas que redistribuem desigualmente a umidade.

Para a segunda quinzena de fevereiro, a previsão de chuvas é considerada boa. “Há uma expectativa muito boa na segunda quinzena de fevereiro que o canal de umidade seja reaberto com entrada de umidade atlântica para favorecer as instabilidades, sobretudo, em todos os municípios margeantes do rio Parnaíba e também municípios da faixa sertaneja. As modelagens vem apontando resultados mais positivos nos próximos dez dias com volumes modestos sem sinalização de temporais, mas é uma lenta recuperação da nossa estação chuvosa”, aponta.

Sobre o período de inverno que está deficiente e possibilidades de prolongamento, o meteorologista pontuou que pode haver [prolongamento] até meados de abril.

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“Tudo vai depender do comportamento do oceano atlântico que está em um processo de aquecimento muito lento. A temperatura entre dezembro e janeiro se manteve abaixo da média climatológica o que impediu a formação vapores de condensação de nuvens que deveria se precipitar na forma de chuvas sobre o Nordeste. Esse aquecimento gradual deve acontecer no mês de fevereiro que é justamente o mês de referência para aproximação da zona de convergência intertropical”, explicou

A zona de convergência é o principal sistema de transporte de chuvas do Nordeste.

“Havendo essa coincidência entre o aquecimento Atlântico e a descida da zona de convergência teremos algumas chuvas vigorosas no mês de março e meados de abril”, concluiu o climatologista.

Muitos agricultores estão ansiosos e temem que suas plantações sofram perdas devido a inconsistência das chuvas. O agricultor, Paulo Sousa, 72 anos, residente em Bocaina, disse que está dependo de mais chuvas para que o milho plantado tenha o nascimento completo.

“Essa chuva de ontem foi fraca, muito fina, para a região de Custaneira. Precisamos que chova mais, pois nasceu uma parte, mas tem outra que falta molhado para terminar de nascer”, relatou.

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Na última sexta-feira,  05 de fevereiro, agricultores da comunidade Bentivi, na zona rural de Santo Antônio de Lisboa, receberam sementes de milho e feijão destinado para plantação.

Veja em >> Secretaria de Agricultura de Santo Antônio de Lisboa distribui 600 kg de sementes para agricultores

O agricultor Francisco José da Silva conhecido como “Véi Chico” falou que as expectativas para o inverno não estão boas. Nessa época no ano passado considerado bom inverno, já tinha plantações e colheita de milho verde.

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