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Macacos do Parque Serra Capivara usam ferramentas de 700 anos para quebrar castanhas

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A reportagem da Folha de São Paulo publicou informações de um estudo realizado no Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, em parceria entre os brasileiros Eduardo Ottoni e Tiago Falótico, do Instituto de Psicologia da Usp, e a equipe do britânico Michael Haslan, da Universidade de Oxford. Eles descobriram que macacos-pregos que vivem na região estão usando instrumentos “pré-colombianos” desde, pelo menos, o século 13. d.C., numa época onde as Américas não estavam nem na imaginação dos europeus.

São “martelos” e “bigornas” de pedra usados para quebrar castanhas de caju, comportamento, que ressalta o estudo, muito usado pelos chimpanzés, considerados os primos mais próximos dos humanos. Os achados deram início a um novo estudo, no ramo da pesquisa de primatas não humanos, e vêm chamando a atenção de arqueólogos e paleontólogos empolgados com a ideia de estudar esse tipo de ferramenta.

Os pesquisadores descobriram que os macacos escolhem com cuidado as pedras que irão usar para quebrar os alimentos. No caso das bigornas, estas são até quatro vezes mais pesadas que os martelos. Os instrumentos estão se acumulando pelo sítio arqueológico. Pelo menos 69 foram encontrados até uma profundidade de 70 cm, em uma área de 35 metros quadrados. Os pesquisadores agora trabalham em pistas de que os hábitos dos bichos possam ter mudado de acordo com processos similares à cultura humana.

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