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Promotoria pede internação de menor envolvido em incêndio de escola em Picos

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O Ministério Público, através da Promotora Itanielle Rotondo, pediu, na semana passada, a internação do menor envolvido no incêndio da escola Dorinha Xavier, no bairro Morada Nova, no dia 02 de abril.

De acordo com informações repassadas pelo vice-presidente do Conselho Tutelar de Picos, Raimundo Nonato, a internação foi pedida após descumprimento de acordo entre menor e Promotoria, onde esta tinha estipulado quatro regras fundamentais para a recuperação dele: voltar a estudar, tomar a medicação corretamente, fazer terapia com a psicóloga e participar do CapsAd.

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“Todas as determinações que o Ministério Público solicitou dele, ele não cumpriu nenhum desses acordos. Em decorrência do descumprimento, foi enviado um relatório para a promotora Itanielle informando que ele não estava cumprindo nada. Então ela solicitou o pedido de internação do menor e agora está na mão do Judiciário. Creio eu que até quarta já estarei com a documentação em mãos para realizar essa internação”, explicou.

Raimundo Nonato disse ainda crer que o Judiciário acatará com a recomendação da Promotoria pela internação do menor, visto o “trabalho” que ele tem causado em Picos nos últimos dias.

“Agora está na mão do juiz para aceitar esse pedido de internação. Se o parecer do juiz não for favorável, mesmo com pedido do MP, o menor não será internado. Acho muito difícil esse pedido não ser acatado porque todas as recomendações que a promotora pediu, ele não está cumprindo nenhuma. E continua dando muito trabalho, está criando muito problemas. A polícia está sendo acionada de duas a três vezes por semana por conta desse adolescente. Ele precisa de tratamento o mais rápido possível. Até os familiares ficam com medo de que ele retorne à escola Dorinha Xavier ou de que faça um dano aos familiares”, afirmou.

O conselheiro acreditar que a internação é o único meio para ressocialização do adolescente.

“A única solução que existe é a internação. É preciso que o Estado tome de conta desse adolescente. Quem tem que tomar de conta dos filhos são os pais, mas quando os pais não conseguem, então é responsabilidade do Estado. Como conselheiro do Conselho Tutelar, estou dando todo o suporte. Já conversei com a mãe dele e disse que quando precisar ir fazer uma visita a ele lá em Teresina, vamos com ela. Não sei quanto tempo de internação vai ser. A mãe é de acordo, a família também. Eu creio que o maior problema dele é não tomar a medicação. Se tivesse tomando, poderia ser que nem precisasse ir para Teresina, mas ele não toma e isso faz parte do acordo, assim como os demais pré-requisitos”, concluiu.

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