POLÍTICA

Não farei reunião pra discutir cargos federais de governo ‘golpista’, diz Assis

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Firme com o posicionamento de oposição que o PT assume neste momento, o coordenador da bancada federal do Piauí, deputado Assis Carvalho (PT), declarou que não vai convocar reunião com os deputados para discutir a distribuição de cargos federais para o Piauí no governo “golpista” do presidente de Michel Temer.  A postura do parlamentar não é surpresa e o ele diz que as decisões sobre cargos deverão ser tomadas sem o seu consentimento, passando por cima do regimento da Câmara.

“Como coordenador de bancada não me cabe chamar nenhuma reunião para tratar disso porque nós não reconhecemos um governo golpista. Então, se alguém quiser tomar alguma iniciativa, que tome, mas não será a minha, inicialmente. Ninguém tratou comigo, só tenho conhecimento também dessas articulações através da imprensa. Acredito que é natural, que os golpistas já chegaram ao patamar de ocupar um espaço sem voto em um governo federal, não vão também se abster de ocupar os espaços nos Estados através do golpe”, afirmou Assis Carvalho.

Para o deputado, como o país está agora em um estado de exceção, é previsível que as decisões sobre indicações de cargos sejam feitas sem a sua condução, mesmo que isso desrespeite regras institucionais, não considerando a Constituição.

“Reunião convocada por mim, não. A não ser que alguém tenha feito isso por conta própria. Teoricamente teria que ser convocada por mim, no processo normal, institucional, quando a Constituição e o regimento são respeitados, então caberia ao coordenador convocar, discutir e conduzir, mas como a lei e o regimento não estão sendo cumpridos, porque estamos em um estado de exceção, eu não sei lhe dizer como tratar. Eu particularmente, não vou convocar reunião para tratar desse assunto”.

Com uma bancada do Piauí de 10 deputados federais, o PSB tem o maior peso com três parlamentares. Aliado desde o início ao PMDB, essa união deve refletir na indicação de cargos para o Estado. A sigla representada pelos deputados Átila Lira, Heráclito Fortes e Rodrigo Martins deve indicar dois cargos e as especulações é que são para o IBAMA e FUNASA.

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Ainda de acordo com o que o Cidadeverde apurou, a tendência é que os cargos indicados por pelos deputados Marcelo Castro (PMDB) – mesmo tendo votado contra o impeachment – e Paes Landim (PSD) sejam mantidos e eles continuem a compor a base de apoio de Michel Temer. Marcelo Castro indicou a Conab e Paes Landim, dentre os que indicou, o de maior projeção foi o Ministério da Agricultura.

Cidade Verde

 

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