Vinte cinco presos conseguiram fugir durante a rebelião que ocorreu na Casa de Custódia em Teresina no domingo (25). A recontagem dos detentos foi finalizada na segunda-feira (26) e, segundo a direção da unidade prisional, apenas dois presos foram recapturados no mesmo dia.
A relação com nomes e características dos presos foi divulgada e homens da Polícia Militar, Civil, Rodoviária Federal e agentes penitenciários realizam buscas com objetivo de recapturar os fugitivos.
No domingo (26), os presos se rebelaram e atearam fogo em colchões e tecidos. Somente após três horas de bastante tensão e confronto, a rebelião foi contida.
Um detento identificado como Francisco das Chagas Carvalho e Silva Junior, 20 anos, que cumpria pena por roubo há quatro meses foi assassinado com perfurações. A Secretaria Estadual de Justiça disse que vai apurar as circunstâncias da morte que é a 11ª registrada no sistema prisional somente este ano.
A Casa de Custódia de Teresina, maior unidade prisional do Estado, conta, hoje, com quase mil presos, sendo que sua estrutura é destinada a custodiar apenas 336 pessoas. Além disso, de acordo com a Secretaria de Justiça, em menos de dois anos, o número de presos no sistema prisional piauiense aumentou 17% – em janeiro de 2015, o número de presos era de 3.542, ou seja, 608 a menos que atualmente.
Clima era tenso
Em menos de 24horas, os presos voltaram a se rebelar, mas numa proporção menor se comparada com a rebelião de domingo.
“Eles estavam batendo nas grades e gritando. Uns agentes penitenciários que estão de plantão informaram que alguns presos conseguiram sair das celas nesta segunda-feira, no entanto, não conseguiram sair das dependências da Casa de Custodia”, contou o vice-presidente Sinpoljuspi.
Ainda conforme Kleiton Holanda, as visitas ocorrem normalmente, entretanto, o processo é complicado já que os presos estavam separados por pavilhões e, neste momento, estão misturados.
O G1 também teve acesso ao vídeo que mostra o corpo do detento que foi morto em um dos corredores da prisão. As imagens são bastante fortes e por esta razão não foram publicadas.
A direção da Casa de Custódia solicitou reforço do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e ainda do Corpo de Bombeiros.
O Instituto Médico Legal (IML) foi até o presídio e fez a remoção do corpo. Equipes da Delegacia de Homicídios e Perícia Criminal também estiveram na unidade prisional.