Celular, óculos, caneta, papéis. Nas mãos de Gérson, os objetos se transformam em Clodoaldo, Rivellino, Pelé, Tostão e nele mesmo. A mesa de madeira passa a ser o campo de jogo e ele dá início a uma aula sobre o esquema tático que levou o Brasil ao tricampeonato mundial. Estamos em uma sala de reuniões da emissora onde o Canhota de Ouro participa de um programa esportivo. Antes de entrar no ar, Gérson conversa com o Portal da Copa e revive a conquista do Mundial de 1970.
“Naquele momento, a ficha não cai. É, mas não é. Passa o filme que tem início em 1968, quando a equipe foi armada: sacrifícios, família, viagens, pressão, contusão… Passa tudo ali”, recorda o ex-jogador, atualmente comentarista em TV e rádio. Gérson também compara o futebol de antes com o de hoje. “Se você pega a técnica de ontem e coloca no preparo físico e na tecnologia de hoje, sabe o que acontece? Os principais jogadores de hoje não levariam nem o material sujo de treinamento nosso e das gerações anteriores à minha”, afirma.
O Canhotinha fala da dificuldade que existia para se chegar à Seleção na época em que jogava. Relembra o caráter único de João Saldanha e explica o porquê da saída do técnico do comando da equipe nacional, poucos meses antes da Copa de 1970. Ao comentar o grupo que vai disputar a Copa de 2014, Gérson enumera os destaques da equipe de Luiz Felipe Scolari, mas diz que levaria Ronaldinho Gaúcho, do Atlético- MG. “Em um jogo você pode colocar ele para administrar, dar qualidade”.