O jovem Raí Veloso, um dos sobreviventes do acidente com uma ambulância na BR-316, confirmou que o motorista trafegava em alta velocidade, informação repassada anteriormente pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Ele- que perdeu um tio e uma tia na tragédia- disse ainda que durante a viagem o condutor parou várias vezes na estrada.
“Durante a viagem, ele parava para tomar café e ir ao banheiro. Eu estava acordado e vi que ele pisava o pé mesmo…na minha opinião, não ia devagar. No momento do acidente, ele foi para o acostamento…. o carro rodou e entrou no mato e começou a capotar “, disse Raí Veloso, em entrevista ao Jornal do Piauí.
Os tios do jovem foram identificados como Maria Dulcimar Veloso, 58 anos, Erivan José Lopes, 41 anos. No acidente- que ocorreu entre as cidades de Demerval Lobão e Lagoa do Piauí- morreu ainda Adonias da Silva, 57 anos. Os outros ocupantes da ambulância tiveram ferimentos.
“Meu tio sofreu acidente em Jaicós e foi atendido em Picos. De lá, o médico disse que teria que trazê-lo para Teresina para fazer uns exames, porque ele apresentava sangramento no ouvido, mas ele estava bem…Com o acidente, eu perdi meu tio e minha tia”, disse emocionado o sobrevivente.
PRF apura o caso
O inspetor da PRF, Rodrigo Nunes, ressalta que não há uma fiscalização específica em ambulâncias e que todos os veículos que trafegam pelas rodoviais estaduais estão sujeitos a fiscalização, sendo retidos quando há alguma irregularidade.
Entre as hipóteses do acidente estão excesso de velocidade e o estado de conservação dos pneus do veículo. “O boletim de acidente de trânsito sai em cinco dias e nele consta alguns tópicos como o estado de conservação dos pneus”.
O inspetor chama atenção para o excesso de passageiros na ambulância e ressalta que essa infração teve aumento de 10%, comparados os anos de 2014 e 2015.
“É comum a PRF flagrar condutores inabilitados, com CNH vencidas ou com lotação excedente. Só no ano passado, mais de 1.400 condutores foram autuados por essa última infração”, acrescenta.