De olho em 2026: quatro países que nunca disputaram uma Copa do Mundo

Ao longo de 22 edições disputadas desde 1930, a Copa do Mundo masculina de futebol já teve a participação de 80 países diferentes, considerando a Alemanha Oriental uma nação distinta da Ocidental. Nesse período quase centenário em que a competição existe, o Brasil é o único que esteve presente em todos os Mundiais e é o maior vencedor, com cinco taças levantadas.

Por outro lado, há seleções que ainda almejam disputar a sua primeira Copa e veem a próxima edição, em 2026, uma grande oportunidade de enfim quebrar esse tabu. Isso porque a Fifa mudou o formato do torneio, que passará a ter a partir da disputa no Canadá, México e Estados Unidos um aumento considerável no número de participantes, saltando dos atuais 32 para 48.

Com isso, cada federação continental afiliada da entidade máxima da modalidade ganhou novas vagas, permitindo que mais times possam fazer parte do evento. Na América do Sul, por exemplo, a Conmebol passa a classificar diretamente seis equipes ao invés das quatro anteriores. Além disso, o sétimo colocado poderá disputar ainda uma repescagem, o que pode aumentar para sete os qualificados de uma entidade que possui dez membros.

Venezuela

Conhecida pela sua força no beisebol, o esporte mais praticado no país, a Venezuela é a única das dez seleções do continente sul-americano que nunca se classificou para uma Copa do Mundo. Apesar disso, La Vinotinto já disputou uma edição dos Jogos Olímpicos (12º lugar em Moscou-1980) e foi semifinalista da Copa América de 2011, na Argentina, terminando na quarta colocação.

Para tentar superar essa barreira, os venezuelanos contam com o novo formato do Mundial e uma geração de bons jogadores. De olho nessas vagas, o time capitaneado pelo volante Tomás Rincón, do Santos, arrancou um empate do próprio Brasil em Cuiabá e figura na zona de classificação direta nas Eliminatórias.

Mesmo assim, a equipe ainda joga sob um véu de incerteza e é a nona favorita em sites de aposta online, como a Betano, para se garantir na próxima Copa. Indo mais além, quem palpitar no título da equipe no torneio eliminatório pode faturar até 1000,00 a cada 1,00 investido.

Índia

Dona da maior população mundial pela primeira vez em 2023, a Índia é um país apaixonado por esportes e que tem como modalidade mais praticada o críquete. Por sua vez, o futebol divide a atenção dos indianos com outras atividades e o país nunca conseguiu se firmar como uma potência sequer no cenário asiático.

No entanto, o esporte vem passando por um sério processo de profissionalização por lá e não será surpresa para ninguém se a seleção local aparecer no Mundial nas próximas edições. Ao longo da história, o país foi duas vezes campeão dos Jogos Asiáticos (1951 e 1962) e foi semifinalista olímpico em Melbourne-1956.

Em 1950, a Índia foi convidada para disputar a Copa do Mundo, realizada no Brasil, após as desistências de Indonésia, Myanmar e Filipinas, mas a Federação Indiana de Futebol alegou problemas financeiros e também não enviou sua equipe para o torneio.

Guiné

Até pouco tempo atrás a seleção guineana era completamente desconhecida dos brasileiros. Foi então em 2023 que o time africano enfrentou a equipe pentacampeã do mundo em um amistoso na cidade de Barcelona, na Espanha, e ganhou notoriedade. Apesar da derrota por 4 a 1, Guiné possui duas estrelas do futebol europeu e é considerada a segunda força do Grupo G das Eliminatórias Africanas, atrás apenas da Argélia.

Os grandes nomes do time são o meio-campista Naby Keita, atualmente no Werder Bremen (ALE) e com passagens por RB Leipzig (ALE) e Liverpool (ING), e o atacante Guirassy, do Stuttgart (ALE). Outro destaque é o atacante François Kamano, que já atuou no futebol francês e chamou a atenção do Santos na última janela de transferências.

Finlândia

A Finlândia é, sem dúvidas, um grande celeiro de campeões em diversos esportes, como a Fórmula 1 e até o tênis. Isso sem contar o hóquei no gelo, modalidade mais popular do país. Já no futebol, a história da Seleção Finlandesa deixa a desejar. Além de nunca ter jogado uma Copa do Mundo, disputou a Euro pela primeira vez somente na última edição, em 2021, caindo na fase de grupos.

Para a próxima edição do torneio europeu, na Alemanha em 2024, a Finlândia segue na briga por uma das duas vagas do Grupo H, em uma disputa acirradíssima com Eslovênia, Dinamarca e Cazaquistão, separados por apenas um ponto. Isso mostra que o time terá forças para brigar em 2025 por uma classificação inédita ao Mundial.