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PF cumpre mandados contra promotor investigado por exigir propina de R$ 3 mi a empresário no Piauí

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A Polícia Federal e Ministério Público do Piauí, por meio da Procuradoria-Geral de Justiça, cumprem nesta quinta-feira (15) novos cinco mandados de busca e apreensão contra o promotor de Justiça, Mauricio Verdejo Goncalves Junior, e seu assessor, que não teve o nome revelado, por suspeita de crime de concussão.

As ordens judiciais estão sendo cumpridas no âmbito da Operação Iscariotes, deflagrada inicialmente na quarta-feira (07). “Nesta segunda etapa, a justiça determinou o cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão em endereços vinculados aos investigados, sendo quatro em Teresina/PI e um na cidade de Picos/PI”, apontou a PF.

PF cumpre mais mandados contra promotor investigado por exigir propina de R$ 3 mi a empresário no PiauíDivulgação  

O Tribunal de Justiça do Piauí também determinou o bloqueio de bens e valores, o afastamento do cargo público e o monitoramento eletrônico dos investigados, além de outras medidas cautelares.

“Comprovados os fatos sob investigação, o agente público poderá responder pelo crime de concussão, que consiste na prática de exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.”, explicou a PF.

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Primeira fase da operação

O Ministério Público do Piauí, por meio da Procuradoria-Geral de Justiça e da Corregedoria-Geral, anunciou na sexta-feira (09) que o promotor de justiça Mauricio Verdejo Goncalves Junior, alvo da “Operação Iscariotes”, foi afastado de suas funções por 90 dias, após a polêmica. O investigado é suspeito de exigir propina de R$ 3 milhões para arquivar processo contra o empresário Junno Pinheiro Campos de Sousa.

De acordo com as investigações, Junno Pinheiro Campos procurou o plantão da Polícia Federal e denunciou que havia sido abordado pelo promotor de justiça em um restaurante no litoral do Piauí, ocasião em que o Mauricio Verdejo teria dado o prazo de poucos dias para que a vítima pagasse a quantia expressiva para não ser mais investigada. Promotor Mauricio Verdejo e o empresário Junno Pinheiro Campos de SousaReprodução   

A equipe de investigação conseguiu confirmar o teor dos relatos da vítima, conseguindo, inclusive, registrar o recebimento de parte do montante pelo investigado. Diante da representação ministerial, o Tribunal de Justiça do Piauí expediu mandado de busca e apreensão contra o promotor. 

A10+ obteve acesso ao vídeo que mostra um encontro entre o empresário e o promotor. Os dois conversam e em um determinado momento o empresário entrega uma sacola preta para o promotor Mauricio Verdejo. Momentos depois, ambos entram em uma residência. Durante o cumprimento dos mandados, as equipes apreenderam cerca de R$ 900 mil, documentos e aparelhos eletroeletrônicos.

Mauricio Verdejo era titular da 6ª Promotoria Criminal de Picos. Ele poderá responder pelo crime de concussão, que consiste na conduta de exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. Já o empresário era investigado acerca de supostas irregularidades em um processo licitatório para fornecimento de equipamentos da área da saúde, o qual uma empresa de Junno foi contratada.

O Ministério Público do Piauí informou ainda que a Corregedoria-Geral realizará correição extraordinária na Promotoria de Justiça titularizada pelo investigado e em outras Promotorias em que tenha oficiado nos últimos anos.

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“Todas as medidas constantes na decisão do CNMP foram prontamente cumpridas pelo MPPI, sem prejuízo das investigações criminais já em curso no âmbito desta instituição. O MPPI reafirma o compromisso com a aplicação da lei, o esclarecimento dos fatos e a apuração de responsabilidades”, finaliza.

Fonte: Portal A10+ com informações da PF

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