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Professora agredida em protesto na Alepi passa por cirurgia e ficará afastada por 90 dias

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A professora Patrícia Andrade, que fraturou o fêmur após ser empurrada no protesto na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) na última quinta-feira (21), passou por cirurgia e ficará afastada por 90 dias para recuperação. A professora falou ao G1 sobre o ocorrido.

De acordo com Patrícia, um empurra-empurra de seguranças e policiais militares que acompanhavam os deputados nas proximidades do plenário da Alepi teria derrubado alguns manifestantes, dentre os quais, ela, que terminou fraturando o fêmur.

“Eu estava lá, mas um pouco afastada, quando seguranças e policiais saíram empurrando as pessoas. E nesse empurra-empurra, um homem me empurrou junto com outras pessoas e eu caí de costas. Quando fui me levantar, não senti firmeza na perna. Um professor do meu lado me segurou, e eu não conseguia andar. Ai um outro pegou uma cadeira de rodas e me levaram para o hospital”, detalhou.

Professores em protesto na entrada do plenário da Assembleia Legislativa do Piauí na quinta (21) (Foto: Lucas Marreiros/G1)

Professores em protesto na entrada do plenário da Assembleia Legislativa do Piauí na quinta (21) (Foto: Lucas Marreiros/G1)

Ainda na quinta-feira (21), a professora foi submetida a um procedimento cirúrgico para colocar dois pinos no fêmur, e teve alta no dia seguinte. Patrícia Andrade, que é professora do Instituto Federal do Piauí, ficará afastada por 90 dias para a adaptação e fazer sessões de fisioterapia. Ela relatou a indignação com a forma que o protesto foi reprimido pelos agentes de segurança.

“Minha vida toda está alterada, no trabalho, tudo, por conta da truculência, da irresponsabilidade, da forma que agem, do desrespeito com os professores. Nós estávamos cobrando um direito e eles, para manterem seus interesses, passam por cima de todo mundo”, desabafou.

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Professora empurrada em protesto agradece mensagens de apoio

Professora empurrada em protesto agradece mensagens de apoio

A professora disse que vai acionar a justiça para responsabilizar o governador e o presidente da Alepi pela agressão. “Eu vou entrar na justiça para responsabilizar tanto o governador como o presidente da Assembleia por ter encaminhado muitos seguranças. A gente cobra um direito e eles apresentam truculência, violência”, mencionou.

Protesto por reajuste

Professores protestaram pelo reajuste de 6,81% nos salários conforme havia sido acordado com o governo e outras entidades. Em março, o governo encaminhou à Assembleia a proposta de reajuste de 6,81%. A casa aprovou, mas quando a proposta voltou ao Karnak para sanção, foi vetada pelo governador Wellington Dias.

No início de junho, a casa aprovou a derrubada dos vetos do governo. Em 14 de junho, o reajuste foi publicado no Diário Oficial do Estado. No entanto, na quarta (20), os projetos de reajustes retornaram para nova votação na Alepi, desta vez, os parlamentares mantiveram os vetos do governador.

Na quinta (21), os deputados aprovaram reajuste de 2,95% para professores, servidores da educação, policiais militares e civis, agentes penitenciários, bombeiros militares, auditores e procuradores. A aprovação foi marcada por protestos. A categoria dos professores da rede estadual afirmou que vai manter a greve.

Fonte: G1

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