GERAL
PI | Justiça adia pela quarta vez Júri de acusado de envolvimento em morte de cabo do Bope
O julgamento de Igor Andrade Sousa, 22 anos, no Tribunal do Júri foi adiado pela quarta vez nesta quarta-feira (20). A audiência foi suspensa depois que a defesa pediu adiamento alegando que o réu está se recuperando de uma cirurgia. A sessão anterior deixou de acontecer pelo mesmo motivo. Igor é acusado de homicídio qualificado por envolvimento na morte do cabo do Bope Claudemir de Paula Sousa, em dezembro de 2016.
No pedido de adiamento, a defesa de Igor Sousa apresentou atestado médico registrado recentemente pelo Médico da Unidade de Saúde da Família do Sistema Único de Saúde (SUS).
O réu sofreu uma tentativa de homicídio no dia dois de agosto no bairro Parque Piauí, Zona Sul de Teresina. Igor Sousa foi baleado, socorrido e encaminhado para o Hospital de Urgência de Teresina, onde passou por cirurgia.
“O acusado se encontra absolutamente impossibilitado de comparecer ao ato processual na data marcada, em razão de se encontrar gravemente enfermo, ainda bastante debilitado fisicamente e psicologicamente, está acamado em sua residência desde quando recebeu alta”, declarou a defesa.
O juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto, responsável por presidir o julgamento, acatou o pedido da defesa. O promotor João Malato disse ao G1 que ainda não foi definida uma nova data para a próxima audiência.
“O magistrado ainda vai ver dentro da pauta dele quando poderá ser o novo julgamento. Eu suponho que seja em janeiro, mas isso é ele quem vai decidir”, afirmou.
O promotor lamentou o adiamento. “Mais uma vez a família fica na espera por justiça, que é o que ela quer. É também o que o Ministério Público quer, justiça”, declarou João Malato.
O caso
Policial foi morto quando saia de academia, na Zona Dul de Teresina. — Foto: João Cunha/G1
Claudemir Sousa, 33 anos, estava saindo da academia onde treinava quando foi abordado pelos criminosos. No dia seguinte cinco pessoas foram presas, entre elas um homem que usava tornozeleira eletrônica. A investigação da Polícia Civil e do Ministério Público apontou que Leonardo Ferreira Lima e Maria Ocionira Barbosa de Sousa encomendaram a morte da vítima. Os suspeitos mantinham um relacionamento amoroso e eram parceiros em supostas fraudes ao INSS.
A peça do MP defende que, temendo que a reaproximação prejudicasse sua relação amorosa e financeira, os acusados planejaram o homicídio e ofereceram R$ 20 mil aos executores. A negociação foi intermediada pelo acusado José Roberto Leal da Silva, conhecido como Beto Jamaica, que contratou Weslley Marlon Silva, Francisco Luan de Sena e Igor Andrade de Sousa para a execução.
A denúncia aponta ainda Thaís Monait Neris de Oliveira, que serviu de ‘olheira’ para avisar quando a vítima saísse da academia.
Fonte: G1
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